fevereiro 12, 2025
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Ex-governadora Suely Campos é indiciada por desvio milionário

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A ex-governadora de Roraima, Suely Campos, foi indiciada pela Polícia Civil pelo crime de peculato pelo desvio superior a R$ 8 milhões de reais, referente a oito parcelas descontadas em Folha de Pagamento e não repassadas à CEF (Caixa Econômica Federal), decorrentes de empréstimos consignados contraídos por funcionários do Estado.

As investigações inicialmente estavam sendo realizadas pela Polícia Federal. Entretanto, como Suely Campos perdeu o foro privilegiado, o caso passou a ser analisado pela Justiça Comum e, consequentemente pela Polícia Civil.

A investigações foram encerradas nesta segunda-feira, dia 29, e encaminhadas à Justiça.

“Trata-se de um Inquérito Policial instaurado para apurar a falta de repasse à Caixa Econômica Federal de valores descontados das folhas de pagamento dos servidores do Estado de Roraima, a título de empréstimo consignado, no ano de 2018”, destacou a delegada titular da Delegacia de Depressão a Crimes contra a Administração Pública, Magnólia Soares.

Segundo ela, restou apurado que os desvios ocorreram no período de 10 de maio a 10 de dezembro do ano de 2018. O crime de Peculato, segundo a delegada, caracteriza-se pela apropriação efetuada pelo funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.

“Embora a justificativa dada pela então governadora na época, juntamente com os Secretários da Fazenda que ocuparam a pasta no citado período, tenha se pautado na crise financeira vivida pelo estado, com bloqueios judiciais inclusive, o fato é que o governo não poderia ter se apropriado e desviado dinheiro alheio”, destaca a delegada.

Magnólia Soares relatou ainda que, segundo informações da Caixa Econômica, ainda não houve a quitação total desse débito junto a Instituição Financeira.

“Houve o desconto do dinheiro dos servidores e o não repasse a quem de direito, o que resultou em prejuízo aos servidores, uma vez que não tiveram a amortização do débito junto à instituição financeira e ficaram impedidos de realizarem novos empréstimos”, esclareceu.

Quanto à possível prestação de contas da ex-governadora no período, cabe ao Tribunal de Constas do Estado apurar a responsabilidade.

Foto: Agência Brasil 

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