julho 18, 2025
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Prefeitura de Belém e Polícia Civil identificam irregularidades em centro de resíduos da Ciclus no Aurá

Força-tarefa da Sezel vistoria instalações da empresa após operação da Polícia Civil e constata acúmulo de lixo e outros problemas

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A Prefeitura de Belém realizou, na manhã desta quarta-feira (11), uma vistoria no Centro de Tratamento de Resíduos (CRT) da empresa Ciclus, localizado no bairro do Aurá, após uma operação da Polícia Civil que apurou possíveis irregularidades ambientais. Durante a ação, o gerente da unidade, Thiago Lima, e outros três funcionários foram conduzidos à Delegacia de Meio Ambiente (Demapa) para prestar esclarecimentos.

A operação ocorreu após denúncias sobre falhas na prestação do serviço de coleta de lixo em vários pontos da capital paraense. A Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), em conjunto com a Agência Reguladora Municipal de Belém (Arbel), notificou a empresa sobre uma série de irregularidades que precisam ser corrigidas com urgência.

Entre os principais problemas constatados estão o envio indevido de caminhões com lixo orgânico para o espaço do Aurá — hoje destinado exclusivamente ao tratamento de entulho — e o acúmulo de resíduos em caminhões que não realizaram o descarte no Aterro de Marituba, como determina o protocolo. Além disso, foi verificada a saída de caçambas sem a devida vedação com lona, o que representa risco ambiental e sanitário.

De acordo com o secretário da Sezel, Cleiton Chaves, a força-tarefa também identificou um déficit operacional grave na empresa. “Ficou muito claro que hoje existe uma carência de cerca de 600 servidores. O gerente se comprometeu em realizar a contratação imediata de 320 trabalhadores para mitigar o problema”, informou.

A Ciclus iniciou as operações em Belém em abril de 2024, por meio de um contrato firmado com a antiga gestão municipal. Segundo Chaves, a atual administração iniciou o mapeamento da cidade e identificou acúmulo de lixo, principalmente domiciliar, além de entulhos em vários bairros. “Vamos resolver isso, mas antes é preciso entender a operação da empresa contratada”, explicou.

Além do CRT do Aurá, equipes da Sezel estiveram em outras unidades da Ciclus — nos bairros da Vileta e da Providência (próximo à BR-316) — em ações de fiscalização simultâneas, que ocorreram a partir das 4h da manhã desta quarta-feira. A Sezel reforçou que seguirá acompanhando a situação e prestará apoio às autoridades durante a investigação conduzida pela Polícia Civil.

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O que diz a Ciclus

Em nota, a Ciclus Amazônia, responsável pela gestão de resíduos sólidos em Belém, informa que o incêndio registrado recentemente ocorreu no chamado “Pátio 1” do Aterro do Aurá, área não operada pela Ciclus e historicamente marcada por ocupações irregulares, segundo as autoridades de segurança, associado à atuação de organizações criminosas.

Assim que tomou conhecimento do incidente, a Ciclus Amazônia acionou o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura de Belém e as forças de segurança, prestando total apoio às ações de contenção das chamas. Ninguém ficou ferido. Desde então, a empresa segue colaborando com as autoridades na apuração dos fatos e permanece à disposição para fornecer todos os esclarecimentos necessários.

Além disso, a companhia cumpre rigorosamente as normas ambientais e está com pedido de licenciamento ambiental para encerramento e remediação da área junto aos órgãos competentes, bem como segue, também, com o licenciamento do novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da Região Metropolitana de Belém. A estrutura contará com sistemas modernos de tratamento de chorume, impermeabilização com materiais geossintéticos e captação de biogás, com possibilidade de aproveitamento energético, seja para a produção de eletricidade ou biometano. Ambos os projetos seguem as melhores práticas de engenharia, normas técnicas e legislações ambientais aplicáveis.

Por fim, a Ciclus Amazônia reitera seu compromisso com a legalidade, a responsabilidade socioambiental e a transparência, e repudia qualquer tentativa de associação indevida com o incêndio, no qual apenas se envolveu para controlar e extinguir em respeito e proteção ao restante da área e das vizinhanças.

 

 

 

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