Moradores de Pacaraima, município ao norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela, denunciaram mais uma vez o lixão a céu aberto na área urbana da cidade. O local onde o lixo coletado é descartado fica dentro da Terra Indígena São Marcos, no limite com o bairro Florestal, na área urbana da sede.
Na manhã desta segunda-feira, 4, um grupo de moradores da região, entre indígenas e não indígenas, protestou com cartazes que diziam: “Lixo na área urbana não” e “Fora lixão”. A situação se agravou nos últimos 20 dias, pois atearam fogo no lixo, e a fumaça tomou conta do entorno, causando ainda mais transtornos à população e prejudicando a saúde dos moradores.
Um morador, que preferiu não se identificar, relatou que a população pediu por diversas vezes que a prefeitura tome alguma providência, porém, até o momento, nada foi feito.
“Queremos que a prefeitura e os órgãos competentes tirem o lixo da área urbana, na Terra Indígena São Marcos. Não aguentamos mais essa situação. Um lixão a céu aberto, que fede e causa uma série de problemas no nosso dia a dia e no meio ambiente”, lamentou.
Prefeitura não se pronunciou
A reportagem tentou contato com o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (Republicanos), mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O chefe do Executivo Municipal foi alvo de um recente abaixo-assinado, no qual a população pediu à Câmara Municipal de Pacaraima a abertura de um processo de cassação por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Prefeito – Juliano Torquato está em seu segundo mandato como prefeito. Em 2020, ele foi reeleito com mais de 48% dos votos. No entanto, em 2021, ele e o vice Simeão Oliveira (PV) tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Regional de Roraima (TRE) por terem distribuído cestas básicas e brindes durante a campanha.
Além disso, o político também possui outra condenação na Justiça Eleitoral. Ele foi multado em R$ 53,2 mil em junho de 2021 por divulgação irregular de pesquisa eleitoral nas eleições municipais de 2020.
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