julho 1, 2025
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Número de municípios em emergência por cheia no Amazonas sobe para 18

Cheia histórica afeta logística e rotina no Amazonas; mais de 195 mil pessoas já foram impactadas

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O boletim mais recente da Defesa Civil do Amazonas, divulgado nesta terça-feira, 13, confirma que 18 municípios estão em situação de emergência por causa da cheia dos rios. Mais de 195 mil pessoas já foram afetadas. Segundo o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, o cenário deve persistir até, pelo menos, o mês de junho, com previsão de continuidade da cheia nas nove calhas dos rios amazonenses.

Na atualização, o município de Japurá, cortado pelo rio de mesmo nome — afluente do Solimões —, passou do estado de alerta para emergência, ampliando o número de cidades em condição crítica.

Municípios que estão em situação de emergência

  • Humaitá – Rio Madeira
  • Apuí – Rio Madeira
  • Manicoré – Rio Madeira
  • Boca do Acre – Rio Purus
  • Guajará – Rio Juruá
  • Ipixuna – Rio Juruá
  • Novo Aripuanã – Rio Madeira
  • Benjamin Constant – Rio Solimões
  • Borba – Rio Madeira
  • Tonantins – Rio Amazonas
  • Itamarati – Rio Juruá
  • Eirunepé – Rio Juruá
  • Atalaia do Norte – Rio Solimões
  • Careiro – Rio Solimões
  • Santo Antônio do Içá – Rio Solimões
  • Amaturá – Rio Solimões
  • Juruá – Rio Solimões
  • Japurá – Rio Amazonas

Além dos municípios em emergência, 26 estão em estado de alerta, 17 em atenção, e um permanece em normalidade.

Trecho da Transamazônica submerso

A cheia do rio Madeira causou o alagamento de cerca de 20 quilômetros da BR-230 (Transamazônica), trecho que conecta cidades como Humaitá, Apuí e o distrito de Santo Antônio do Matupi. Com a rodovia interditada, o transporte de passageiros e mercadorias passou a ser feito por balsas, contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O trajeto, que normalmente durava cerca de 12 horas por via terrestre, agora leva até quatro dias por rotas fluviais, passando pelos rios Madeira e Aripuanã. A mudança aumentou os custos logísticos e trouxe impactos diretos à rotina da população e ao abastecimento regional.

Nível do rio Madeira

Em Humaitá, o nível do rio Madeira atingiu 23,44 metros, aproximando-se da marca histórica de 25,63 metros, registrada em 2014. A situação já afeta áreas rurais, suspende aulas e causa prejuízos à agricultura local. De acordo com a Defesa Civil, mais de 16 mil pessoas foram diretamente impactadas pelas inundações somente nessa região.

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