agosto 21, 2025
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Casa Civil, do único protegido por Wilson após escândalo em Parintins, gasta mais de R$ 41 milhões com servidores

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Com Flávio Antony, único secretário do alto escalão do Governo do Amazonas poupado após um escândalo envolvendo suposto uso da máquina pública em favor de uma candidata no interior do Amazonas, o gasto com servidores da Casa Civil no ano de 2024 ultrapassa R$ 41 milhões.

Conforme dados do Portal da Transparência, o montante total gasto com servidores, entre comissionados e efetivos, chega a R$ 41.055.126,83. A secretaria mantém 547 funcionários, sendo 401 comissionados.

Os cargos comissionados são ocupados por pessoas escolhidas diretamente por gestores, sem a necessidade de concurso público. Antony é chefe da Casa Civil desde 2019.

A folha de pagamento foi distribuída mensalmente da seguinte forma:

  • Janeiro: R$ 3.635.980,50
  • Fevereiro: R$ 3.396.356,06
  • Março: R$ 3.260.456,50
  • Abril: R$ 3.370.343,18
  • Maio: R$ 3.382.754,88
  • Junho: R$ 3.388.351,49
  • Julho: R$ 3.358.245,73
  • Agosto: R$ 3.325.620,44
  • Setembro: R$ 3.476.405,98
  • Outubro: R$ 3.522.503,41
  • Novembro: R$ 3.477.259,09
  • Dezembro: R$ 3.460.849,57

Investigação do MP e exonerações

Um vídeo divulgado em setembro do ano passado mostrou Flávio Antony, chefe da Casa Civil, e outros membros do alto escalão do governo em uma reunião gravada em Parintins. No vídeo, datado de 3 de agosto, eles supostamente discutiam estratégias para beneficiar a candidatura de Brena Dianná (União Brasil) à prefeitura da cidade.

A gravação levou o Ministério Público do Amazonas (MPAM) a recomendar exonerações para garantir a imparcialidade das investigações. Em 2 de outubro, o governador Wilson Lima atendeu parcialmente à recomendação, exonerando cinco secretários. Contudo, Antony, apesar de estar diretamente envolvido no caso, foi mantido no cargo.

Condenação por abuso de poder

Flávio Antony, chefe da Casa Civil do Amazonas, foi condenado por abuso de poder político pela juíza Juliana Arraes Mousinho, de Parintins. A condenação está ligada a um evento oficial realizado em 17 de junho, em uma escola estadual na Agrovila do Mocambo, onde Antony pediu votos para a então pré-candidata Brena Dianná e outros aliados políticos.

A juíza concluiu que Antony usou recursos públicos e sua posição no governo para beneficiar diretamente esses candidatos, comprometendo a equidade do processo eleitoral e violando princípios democráticos. Apesar de outros envolvidos no caso terem sido exonerados, Antony foi mantido no cargo pelo governador Wilson Lima.

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