A um ano e quatro meses das eleições municipais, nomes de possíveis candidatos à Prefeitura de Boa Vista começam a ser ventilados nos bastidores da política local. Ao que tudo indica, o partido Rede entrará na disputa pela Prefeitura com o advogado Gustavo Hugo, que foge um pouco das características comuns aos candidatos da esquerda.
Nascido no Pará, se mudou para Boa Vista aos 13 anos e fez da cidade seu lar. Ele foi criado no bairro Pintolândia, na rua S-12. Além da carreira jurídica, tem vasta experiência cultural e uma vida dedicada ao serviço comunitário. A vida no mundo político iniciou ainda na adolescência, quando liderou o Grêmio da Escola Estadual Ana Libória por três anos.
Liderança
Gustavo Hugo já presidiu o partido Rede Sustentabilidade e atualmente está à frente da federação Rede/PSOL. O advogado tem um bom diálogo com todos os espectros políticos, mas sem deixar de lado suas bandeiras em defesa do clima, meio ambiente, povos indígenas e minorias.
O advogado é poliglota, já morou no Suriname e na Holanda e fala cinco idiomas. Gustavo Hugo também se aventura no meio esportivo, ele é faixa preta de caratê, apoia o jiu-jítsu em Boa Vista e pratica outras artes marciais.
Além disso, Gustavo Hugo também é formado em Letras já tendo desempenhado a função de professor da rede básica de ensino e também em cursos preparatórios para concursos públicos.
No currículo, ele também tem experiência como ator e já atuou em várias peças de teatro, monólogos de comédia stand-up e em cinco filmes em Roraima. No âmbito profissional, ele é um advogado renomado em Roraima, especialmente em casos relacionados a concursos públicos.
Atuação
Gustavo Hugo garante, ainda, ter sido responsável pelo acordo judicial que reclassificou 250 candidatas no concurso da Polícia Militar de Roraima (PMRR) de 2018 que haviam sido injustamente eliminadas. É atualmente especialista em demandas judiciais coletivas de alta criticidade.
Recentemente, o advogado também moveu uma ação que suspendeu o concurso da Guarda Civil Municipal de Boa Vista, alegando irregularidades. Ao olhar para o futuro de Boa Vista, Gustavo Hugo diz haver necessidade urgente de solucionar alguns problemas.
“Boa Vista tem um potencial imenso e o nosso povo merece uma cidade que funcione para todos. Precisamos melhorar a mobilidade urbana, especialmente pensando na superlotação de Boa Vista e no aumento dos veículos de transporte, e tornar o processo de regularização imobiliária mais eficiente. Não podemos permitir que famílias esperem anos para terem seus imóveis regularizados”, pontuou.
O advogado ressaltou que é preciso pensar em políticas públicas que tirem os jovens das mãos do crime organizado, articulando com as demais instituições estatais.
“Em muitos dos casos, esses jovens estão em famílias desestruturadas e carentes de comida, vestuário, atendimento clínico, lazer e esporte. Pretendo cuidar das crianças e adolescentes com políticas de segurança pública. Isso é política social preventiva e que, inteligentemente, desarticula a facilidade de recrutamento das organizações criminosas”, alertou.
Meio ambiente
Para Gustavo Hugo, a questão climática, ambiental e energética precisa ser debatida urgentemente em Boa Vista, no sentido de se alinhar ao que vem acontecendo no mundo. “Precisamos rever a política de arborização de Boa Vista e a recuperação dos igarapés. É um município pequeno sem segurança hídrica e que aumenta cada vez mais os índices de poluição fluvial”, disse.
Comunidades indígenas
O advogado ressaltou ainda que Boa Vista possui comunidades indígenas em seu perímetro urbano, além de contar com uma imensa população indígena vivendo na cidade. “As políticas públicas municipais precisam ser desenvolvidas pelos próprios indígenas. Os não-indígenas estão decidindo e isso está errado”, criticou.
Imigração
Para ele, Boa Vista já é uma cidade internacionalizada e, segundo ele, isso está sendo ignorado há anos. “Somos, sim, a Boa Vista dos brasileiros, venezuelanos, haitianos e guianenses. Somos, sim, a cidade que fala português, espanhol, francês e inglês e isso é maravilhoso, uma grande riqueza que nos traz um mosaico de possibilidades pra aprender e crescer e se conectar ao mundo”, pontuou.
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