O empresário Jamiro Alves da Silva, de 51 anos, foi liberado nesta segunda-feira, 10, logo após pagar fiança de R$ 3 mil. Ele havia sido conduzido à Delegacia após reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), sob acusação de fornecer informações falsas em seu depoimento.
A prisão de Jamiro ocorreu após ele ser confrontado pelo deputado Jorge Everton, presidente da Comissão, sobre sua declaração de bens. Durante a oitiva, ele negou possuir patrimônio, mas documentos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostraram que, nas eleições de 2022, ele declarou R$ 10,1 milhões em bens, incluindo terrenos e sítios em Boa Vista.
A contradição levou Everton a determinar sua condução à delegacia para prestar esclarecimentos. Após ser ouvido pelas autoridades, Jamiro foi autuado por falsa comunicação e liberado mediante pagamento da fiança.
O advogado dele afirmou que a prisão foi precipitada e que ele apresentará documentos para comprovar a legalidade das informações prestadas na Comissão.
A CPI
A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) instaurou a CPI das Terras no dia 20 de fevereiro para investigar denúncias de grilagem de terras públicas no estado. Criada por meio do Ato da Presidência nº 003/2025, a comissão apura a atuação de uma possível organização criminosa envolvida na ocupação irregular de áreas rurais e urbanas.