Nesta quarta-feira, 1º, em clara demonstração de submissão ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), vereadores esqueceram a gestão de escândalos do vereador David Reis à frente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) e o conduziram para presidir a Casa Legislativa no biênio 2025/2026. A votação ocorreu na Câmara Municipal de Manaus.
Dos 41 vereadores, 35 (entre estreantes e reeleitos) votaram em David Reis e 5 em Rodrigo Guedes. Além disso, um vereador votou em branco.
Mesa Diretora:
1º Vice-presidente – Jander Lobato
2º Vice-presidente – Raulzinho
3º Vice-presidente – Dr. Eduardo Assis
Secretário Geral – Professor Samuel
1º Secretário – Everton Assis
2º Secretário – Aldenor Lima
3º Secretário – Professora Jaqueline
Ouvidor – Gilmar Nascimento
Corregedor Geral – Rosivaldo Cordovil
Polêmicas e escândalos
Durante seu mandato anterior à frente da CMM, David Reis tentou modificar o Regimento Interno da Casa e a Lei Orgânica do Município para viabilizar sua reeleição consecutiva. A manobra ocorreu após sua derrota nas eleições para deputado federal, mas foi barrada por 20 parlamentares, resultando na eleição de Caio André (PSC) para o biênio seguinte.
Outro episódio foi a aquisição de kits de equipamentos eletrônicos, compostos por câmeras, microfones e mochilas, por mais de R$ 630 mil. A compra levantou suspeitas de superfaturamento e atraiu a atenção do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). Além disso, Reis enfrentou críticas pela nomeação de um funcionário envolvido em acusações de agressão contra mulheres, que acabou exonerado após pressão pública e questionamentos em plenário.
Também foi questionado um contrato no valor de R$ 5,1 milhões com a empresa J.C.S. Comércio e Serviços de Energia Solar Ltda., para a instalação de painéis solares na Câmara. A contratação gerou desconfiança devido à alegada falta de capacidade técnica e financeira da empresa, conforme apontado por denúncias ao TCE-AM.
Presidência com pouca presença no Plenário
Outro ponto que marcou a gestão de David Reis foi sua postura durante as sessões plenárias. Embora ocupasse a presidência, era comum que ele abrisse os trabalhos legislativos e se ausentasse logo em seguida, deixando a condução das atividades nas mãos de outros membros da Mesa Diretora.
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