A Polícia Civil de Rondônia (PCRO) deflagrou nesta terça-feira, 24, a Operação Falso 9, que apura uma fraude bancária envolvendo o uso indevido do nome do jogador Gabriel Barbosa, o Gabigol. O golpe resultou no desvio de mais de R$ 987 mil, dos quais apenas R$ 135 mil foram recuperados até agora.
Segundo as investigações, criminosos abriram uma conta digital com documentos falsificados em nome do atleta. A partir disso, solicitaram a portabilidade do salário da vítima e movimentaram os valores por meio de saques, transferências e compras.
Parte do dinheiro foi enviada a pessoas físicas e jurídicas com sede em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) e outras cidades. Só esse repasse soma mais de R$ 287 mil.
A operação é conduzida pelas 1ª e 2ª Delegacias de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), ligado ao Ministério da Justiça. Estão sendo cumpridas 86 medidas cautelares, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, quebras de sigilo bancário e fiscal, e sequestro de bens.
As ações ocorrem em Porto Velho, Cuiabá, Curitiba (PR) e Lábrea (AM), com a participação de cerca de 75 policiais civis. A ofensiva tem apoio das delegacias especializadas em estelionatos e crimes cibernéticos nos três estados.
A Polícia Civil segue investigando para identificar todos os envolvidos no esquema e rastrear o destino final do dinheiro.
Falso 9 – O nome da operação, “Falso 9”, faz referência à posição do futebol conhecida por sua movimentação imprevisível, uma alusão à tática de dissimulação adotada pelos golpistas ao se passarem pelo jogador.