Vereadores da base aliada se articularam para impedir que o prefeito David Almeida (Avante) justificasse seus gastos durante viagem luxuosa ao Caribe no feriado de carnaval. O requerimento foi proposto pelo vereador Rodrigo Guedes (PP) nesta quarta-feira, 12.
Rodrigo Guedes apresentou um requerimento cobrando esclarecimentos e informações da Prefeitura de Manaus sobre os gastos realizados na viagem do Prefeito. Além disso, o requerimento também buscava investigar o suposto avião particular em que o Prefeito teria ido e estava acompanhado de empresários que possuem contratos milionários com a Prefeitura de Manaus.
De acordo com levantamento feito por Guedes, os empresários acumulam mais de R$ 300 milhões em contratos com a Prefeitura de Manaus somente na gestão do Prefeito David Almeida, caso seja comprovado que os empresários bancaram a viagem do Prefeito ao Caribe a ação pode ser considerada vantagem indevida e crime de corrupção passiva.
Apesar da proposta buscar informações para a população, os vereadores aliados ao Prefeito derrubaram a proposta, por 24 votos contrários e apenas 11 votos favoráveis.
“Infelizmente, a Câmara Municipal deu mais uma vez uma prova inequívoca de subserviência, de servidão e também de falta de vergonha na cara para a população de Manaus, porque a população cobra explicações e informações de transparência sobre quem custeou a viagem do prefeito Davi Almeida para o Caribe, foi uma viagem milionária que claramente não cabe no que ele tem de salário e no que ele alega ter de patrimônio. Então a Câmara derrubou por ampla maioria, os vereadores estão aqui para defender o prefeito e não permitir que a gente possa exigir o que é um direito básico da população que é transparência”, declarou.
Viagem milionária
O deputado federal Alberto Neto (PL) utilizou as redes sociais para denunciar a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), ao Caribe, durante um período de calamidade pública na capital amazonense. Segundo o parlamentar, o prefeito teria deixado a cidade em meio às fortes chuvas que causaram prejuízos à população, enquanto viajava em um jato particular acompanhado de empresários que possuem contratos com a Prefeitura. Ele afirma que a viagem teria custado 200 mil euros, o equivalente a mais de R$ 1 milhão na cotação atual.