A Prefeitura de Porto Velho enviou um ofício ao Governo do Estado nesta terça-feira, 14, solicitando reforço nas operações de segurança pública nas principais vias da capital, após uma onda de ataques a ônibus, incluindo incêndios em veículos, atribuídos a facções criminosas.
A sequência de ataques teve início após a morte do cabo da Polícia Militar, Fábio Martins, no domingo, 12, dentro do residencial Orgulho do Madeira, na zona Leste de Porto Velho. Em resposta à morte do policial, no dia seguinte, 13, a Polícia Militar deflagrou uma operação no local, resultando em confrontos e prisões.
Durante a operação, um dos líderes do Comando Vermelho foi morto. A Polícia Militar acredita que os ataques aos ônibus sejam uma retaliação. A partir deste momento, facções criminosas iniciaram uma série de ataques a ônibus, com três veículos incendiados em Porto Velho e um em Candeias do Jamari.
Suspensão do transporte público
A Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transportes (Semtran) autorizou, na manhã de terça-feira, 14, a operação de 50% da frota de ônibus em Porto Velho. No entanto, a medida não foi suficiente para garantir a segurança dos trabalhadores do transporte público, diante das novas ameaças.
Após uma tentativa de incêndio em um ônibus da linha Norte-Sul, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Rondônia (Sitetuperon) solicitou o recolhimento total da frota. O presidente do sindicato, Francinei Oliveira, afirmou que a medida foi tomada para proteger a integridade física dos trabalhadores do setor. A paralisação total do transporte afetou tanto Porto Velho quanto Candeias do Jamari.