Na manhã desta quarta-feira, 22, o vereador Ilderson Pereira, do MDB, protagonizou um novo chilique no Plenário da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) e mirou no jornalista Álik Menezes, que edita O Portal O Fato, e que assina este editorial.
O ataque de fúria do parlamentar ocorreu logo após sua a assessoria de imprensa ser questionada se o vereador, passados mais de dois meses, formalizou uma denúncia em algum órgão fiscalizador de Roraima contra uma parlamentar mulher que ele acusou de ser “propineira”, alegou ter provas, e, assim como não formalizou quaisquer denúncias, nunca apresentou as tais provas.
O FATO acompanha o caso diante da gravidade das acusações, que podem destruir a imagem de um político, principalmente sendo mulher e em um ano eleitoral.
Este parlamentar, assim como diversos que não gostam de serem questionados e/ou prestar conta à sociedade, usou a Casa Legislativa, que deve ser honrada e pautada na defesa dos direitos dos cidadãos, como um palco para um chilique, assim como bem o fez em diversas vezes.
Ao citar o nome deste jornalista, o parlamentar tentou descredibilizar o trabalho realizado em Roraima desde o início de nossa fundação e afirmou que demais vereadores foram assediados para fechar contrato com o site para publicidade.
O FATO, assim como quaisquer outras empresas com o CNPJ regular, pode firmar contratos e receber pagamentos por publicidade vinculadas em seu domínio. E, isso, senhor vereador, não é crime. Ademais, órgãos executivos e legislativos dispõe de recursos para investir em publicidade, em veículos de comunicação, para dar ampla publicidade para a sociedade das ações realizadas.
Contudo, assim como fazemos desde nossa fundação, jamais deixamos de nos posicionar sobre quaisquer temas, ainda que haja contratos com este veículo. E, senhor vereador, assim como fazemos desde o início, jamais nos curvaremos aos tiranos que tentam nos intimidar, já que o senhor insinuou que nos expulsaria de Roraima, assim como ameaçou seu antigo chefe no HGR, quando disse que “os dias dele estavam contados”.
Após o ataque na Câmara, o vereador foi às redes sociais dizer que perguntou a este jornalista o preço do nosso silêncio. Mentira descarada! Este senhor nos ligou desesperado no dia em que a matéria foi publicada para que a reportagem, que o incomodava, fosse retirada do ar.
Não retiramos e a matéria segue no site. Muitos dias após, o parlamentar perguntou quanto seria o valor mensal para ter sua atuação parlamentar ser divulgada no site, por meio de textos produzidos pela assessoria dele. Ele, assim como em qualquer outra negociação entre empresa e cliente, foi informado.
Este mesmo senhor que tenta se fazer de vítima, tentou agendar uma reunião, que jamais ocorreu. O jornalista que escreve este editorial jamais apaga quaisquer conversas que tem com qualquer político.
Ameaças de prepotentes não vão nos intimidar, tentativas de nos silenciar não irão nos calar, nós não iremos nos calar e seguiremos publicando tudo o que os “poderosos” não querem que a sociedade tenha conhecimento. A liberdade de imprensa nos garante o direito de exercer nosso trabalho livremente, sem sofrer represálias do Estado, de forças policiais, de políticos e de quaisquer outros algozes. Seguiremos firmes!
Por Álik Menezes, jornalista e editor do O FATO