As lideranças indígenas que ocupam a Secretaria de Educação do Pará (Seduc) emitiram, nesta segunda-feira, 5, uma nota pública em que pedem desculpas aos jornalistas Polyanne Guimarães e Marcos Pinheiro, do Grupo Liberal. Os profissionais relataram terem sido impedidos de exercer seu trabalho e constrangidos durante a cobertura do protesto.
No comunicado, os indígenas reconhecem que a atitude foi equivocada e desrespeitou a liberdade de imprensa. “Apresentamos nossas desculpas, uma vez que temos a compreensão de que nossas vitórias são fruto também da unidade dos povos na luta por seus direitos”, afirmam. O pedido de desculpas também foi estendido ao Sindicato dos Jornalistas do Pará, entidade que acompanha a mobilização desde o início.
Apesar do reconhecimento do erro com os jornalistas do Grupo O Liberal, as lideranças indígenas pediram compreensão diante do momento histórico, argumentando que seu movimento tem sido alvo de ataques e distorções promovidas pelo governo estadual e por setores da imprensa.
“Não tem sido fácil combater as narrativas manipuladas pelo governo do Estado que, em aliança com os barões da mídia, tem atacado diariamente nosso movimento e propagado fake news”, alegam os manifestantes.
Eles citam, inclusive, que a Defensoria Pública da União (DPU) ingressou com uma ação civil pública contra o Estado do Pará, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Meta Platforms, responsável pelo Facebook e Instagram, devido à disseminação de informações falsas sobre a mobilização.
Confira o momento da expulsão:
Confira a nota dos indígenas:
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