Nesta terça-feira (4), Hélio Gueiros Neto, neto do ex-governador do Pará, Hélio Gueiros, e acusado de matar a esposa Renata Cardim, postou um vídeo nas redes sociais afirmando sua inocência e classificando o processo como um “absurdo”. Horas depois, a família de Renata respondeu com outro vídeo, desmentindo a versão do acusado.
No depoimento, Hélio Gueiros Neto disse ter vivido “quatro anos amordaçados por um segredo de justiça” e que seus anos estão “sendo destruídos”. Ele disse que Renata morreu de uma “morte natural, um aneurisma” e criticou o andamento do processo, que classificou como “surreal”. “Chega, agora nós vamos falar tudo o que de fato aconteceu. Não houve nenhum crime”, declarou.
Em um vídeo, um familiar explicou a sequência de laudos que, possivelmente, desmontam a tese do aneurisma, esclarecendo que um médico deu o primeiro laudo do IML de Belém, “colocando que vítima morreu de aneurisma da aorta abdominal”. No entanto, posteriormente, Renata foi exumada.
Conforme a família, dois médicos do Rio de Janeiro, autorizados pela Justiça, e dois peritos do IML de Belém participaram do novo exame. “Não se observou aneurisma da aorta abdominal. E o laudo feito pelos peritos independentes do Rio de Janeiro colocou que ela morreu por asfixia mecânica, sufocação direta. Há de se frisar que esse laudo foi reconhecido pela primeira turma do STF”, finalizou.
O caso
O caso Renata Cardim completa dez anos em 2025. A morte ocorreu na madrugada do dia 27 de maio de 2015, no apartamento do casal, em Belém. Inicialmente registrada como morte natural, a persistência da família de Renata, que alegou histórico de agressões, levou à exumação do corpo e à reabertura do caso.
O Ministério Público do Pará (MPPA) denunciou Hélio Gueiros Neto por homicídio triplamente qualificado. A acusação sustenta que Renata foi sedada e asfixiada de forma consciente e premeditada.
A decisão de levar o caso a júri popular foi confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que rejeitou um recurso da defesa. A Quinta Turma do STJ manteve a pronúncia de Hélio. A defesa, que alega a existência de cinco laudos oficiais apontando morte natural.
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