O ex-deputado federal pelo Amazonas, Marcelo Ramos, rebateu uma declaração feita pelo ex-piloto brasileiro de Fórmula-1, Lucas Di Grassi, nas redes sociais, na quarta-feira, 9, sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM). Em sua conta no X (antigo Twitter), Di Grassi classificou o modelo industrial como “o câncer industrial desse país” e defendeu o fim do sistema.
“Bom dia. A Zona Franca de Manaus é o câncer industrial desse país. Precisamos acabar com o sistema ASAP!”, escreveu o piloto, encerrando o texto com a abreviação em inglês que em tradução livre significa “o mais rápido possível”.
Em resposta, Marcelo Ramos criticou a fala de Di Grassi, relembrando uma tentativa do piloto de empreender na indústria de bicicletas elétricas no Sudeste, fazendo uma comparação com a produção chinesa.
“Não transfira para a ZFM a responsabilidade pela tua burrice de querer produzir em São Paulo 600 bicicletas elétricas para concorrer com a China, que produz 135 mil por dia e mais 50 milhões por ano. Você como empreendedor é um excelente playboy que ninguém lembra como piloto”, publicou Ramos.
Em outra publicação, Ramos questionou o desempenho de Lucas Di Grassi ao longo da carreira como piloto, mostrando que ele não conquistou nenhum título. “Esses são os resultados do playboy ex-piloto de fórmula 1 que resolveu atacar a ZFM e os empregos dos Amazonas. Parece que não é só em negócio de bicicleta elétrica que ele é ruim não…”, publicou.
Piloto recebeu críticas de outros usuários do X
A declaração de Di Grassi também foi alvo de diversas críticas de internautas. Usuários da rede social contestaram a afirmação e defenderam a relevância da Zona Franca, destacando sua contribuição para a economia do Amazonas, a geração de empregos e o papel estratégico na conservação da Floresta Amazônica.
“Duvido você vir aqui no Amazonas falar isso e debater de forma séria com quem realmente entende do assunto. Falar pro seu seguidor reacionário é fácil. Tu não sustenta cinco minutos de debate sério!”, escreveu um internauta.
Outros usuários argumentaram que a fala do piloto se baseia em desconhecimento sobre a origem e os objetivos do modelo.
“Com todo respeito, mas chamar a Zona Franca de Manaus de ‘câncer industrial’ é desinformação. A ZFM gera milhares de empregos, movimenta a economia do Norte e ajuda a preservar a Amazônia. Acabar com ela seria um retrocesso para o Brasil.”