A atriz paraense, e de renome nacional, Dira Paes fez um apelo ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), pedindo a revogação da Lei 10.820, que altera o Sistema Modular de Ensino (Some) no estado. Em publicação no Instagram feita nesta quinta-feira, 30, Dira afirmou que a medida prejudica a educação indígena e reduz drasticamente o orçamento destinado às comunidades tradicionais.
“Senhor Governador @helderbarbalho, por favor, revogue a Lei 10.820, que sucateia a educação indígena no Estado do Pará. É um absurdo que 85% da verba destinada aos programas dos povos originários, rurais e ribeirinhos, seja cortada em relação ao orçamento do ano passado”, escreveu a atriz.
Dira também ressaltou a necessidade de respeito às particularidades culturais e estruturais das comunidades afetadas. “Educação é um direito, não um favor. É necessário que cada comunidade seja respeitada em sua diferença cultural e estrutural”, afirmou.
Além de criticar a legislação, a atriz mencionou a atuação do secretário de Educação, Rossieli Soares, na condução da política educacional. “Lamento muito que o Secretário de Educação @Rossieli Soares NÃO tenha nos representado diante dessa causa tão nobre”, declarou.
Confira a publicação:
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Publicação de Dira foi compartilhada por Anitta
A publicação chamou a atenção dos 2,1 milhões de seguidores que a atriz tem em seu perfil, entre eles a cantora Anitta, que minutos depois compartilhou o post de Dira em seus stories do Instagram, que conta com mais de 64 milhões de seguidores.
No story seguinte, a cantora compartilhou uma publicação do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns (Cita) que solicita doações em apoio ao movimento indíigena que lidera os protestos na Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc).
Entenda o caso
A manifestação da atriz ocorre em meio a protestos de lideranças indígenas em Belém contra a Lei 10.820. Os indígenas argumentam que a legislação foi aprovada sem consulta prévia às comunidades afetadas, o que contraria a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além da revogação da norma, os manifestantes também exigem a exoneração de Rossieli Soares, alegando falta de diálogo do secretário com as comunidades indígenas.