O Ministério do Estado do Pará (MPPA) deflagrou, nesta quinta-feira, 18, a operação Hades II para cumprir mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas ligadas ao prefeito de Ananindeua, Daniel Santos.
Segundo o MP, a ordem judicial ocorreu após o encontro de documento de compra de imóvel de luxo, em nome de empresa do prefeito municipal de Ananindeua, Daniel Santos, e pago por diversas empresas que possuem contratos com a prefeitura e, portanto, recebem recurso público.
A segunda fase da operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Ananindeua e Belém contra pessoas e empresas supostamente ligadas ao prefeito Daniel Santos.
A operação foi autorizada por decisão do desembargador Pedro Pinheiro Sotero, do Tribunal de Justiça do Pará, que impôs medidas cautelares a oito pessoas e oito empresas.
Hades 1
Deflagrada dia 5 de agosto deste ano, a Operação Hades investigava o envolvimento do prefeito Daniela Santos em uma organização criminosa dentro da estrutura da prefeitura, suspeita de cometer crimes como corrupção, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
Em meio à análise de documentos, planilhas e mensagens apreendidas em celulares, o MPPA encontrou provas materiais de um patrimônio milionário ligado ao prefeito, incompatível com a renda declarada.
Patrimônio e bens bloqueados
A Operação Hades também expôs uma diferença milionária entre os bens declarados pelo prefeito afastado de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), e o que efetivamente está em seu nome, segundo a investigação.
Em 2024, Daniel informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir um patrimônio de R$ 4.849.539,60. No entanto, a força-tarefa do MPPA determinou o bloqueio de R$ 140 milhões em bens atribuídos a ele — um valor 2.787% superior ao declarado oficialmente, ou seja, quase 28 vezes mais.
A discrepância foi revelada a partir da análise de documentos, planilhas e mensagens encontradas em celulares apreendidos durante os mandados de busca e apreensão cumpridos no último dia 5 de agosto.
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