Após a intervenção do senador Mecias de Jesus (Republicanos), que foi até o município de Iracema para pôr fim ao conflito político entre a vereadora Byanca do Machado (PP) e a prefeita Marlene Saraiva (Republicanos), o Progressistas abriu um procedimento interno contra a vereadora por infidelidade partidária.
A mudança de lado político de Byanca, que antes se posicionava como oposição ao grupo governista, gerou uma reação interna no seu partido devido ao novo alinhamento com a prefeita e seu grupo político.
Em entrevista ao Portal O Fato, a vice-presidente estadual do Progressistas e esposa do senador, Gerlane Baccarin, se pronunciou sobre a decisão da legenda. “O Progressistas e a então candidata foram adversários ao atual grupo que se encontra na prefeitura de Iracema. As inúmeras postagens e manifestações da vereadora sempre foram fortes e contrárias ao atual grupo até então, em consonância com o entendimento do partido”, declarou.
Apesar da mudança, Gerlane destacou que o partido sempre manteve diálogo com a vereadora. “Sempre conversamos e apoiamos a vereadora, inclusive quando da possibilidade do atual grupo dela entrar com pedido improcedente de cassação”, comentou.
Ela também informou que Byanca será notificada formalmente sobre o procedimento. “O processo será devidamente instruído, e a vereadora será notificada a apresentar as justificativas cabíveis, caso ela entenda necessário”, afirmou.
Mudança de postura política da vereadora
Em janeiro, a vereadora havia questionado a legalidade de um projeto de lei da prefeita, que assegura segurança pessoal a ex-prefeitos, incluindo Jairo Ribeiro (Republicanos), aliado e padrinho político de Marlene, o que aqueceu o cenário político no município.
Byanca alegou que a convocação da sessão extraordinária para a aprovação do projeto não atendeu ao prazo mínimo de 24 horas, prejudicando o debate e a transparência.
Em fevereiro, a vereadora foi alvo de um requerimento de cassação, apresentado pelo vereador João Filho (PDT), que a acusava de acumular cargos públicos ilegalmente. Byanca refutou a acusação, explicando que atuava na Defensoria Pública do Estado naquele período, conforme um termo assinado pelo presidente da Câmara e pelo ex-prefeito Jairo Ribeiro. O requerimento foi retirado após pressão popular.