Um levantamento revelou que a Prefeitura de Manaus desembolsou cerca de R$ 42 milhões em tintas, destinadas à pintura de diversos espaços na cidade.
Essa cifra, apresentada na Câmara Municipal de Manaus (CMM) durante a sessão desta segunda-feira, 6, despertou questionamentos sobre a destinação de recursos que poderiam ser direcionados para áreas como saúde, educação e habitação.
O montante destinado a latões de tinta possibilitaria a construção de 466 casas populares, avaliadas em R$ 90 mil cada, além da aquisição de 70 ônibus, ao custo unitário de R$ 600 mil.
O vereador Lissandro Breval (PP), responsável pela apresentação dos dados, ressaltou que com essa verba, seria viável erguer 54 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou até mesmo 22 creches, avaliadas em R$ 1,9 milhão cada.
“É inaceitável que nossa cidade siga abandonada, sem assegurar serviços básicos para população, mas priorizando uma infinidade de latões de tinta para deixar o caos colorido. Eu tenho cobrado prestação de contas dos empréstimos feitos pela atual gestão e até agora nada”, disse em sessão.
A distribuição de recursos e sua aplicação efetiva em setores prioritários é um tema de debate no cenário político da cidade. A análise desses números destaca a importância do uso responsável dos recursos públicos que busca atender às necessidades essenciais da população.
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