No decorrer dos primeiros seis meses de 2023, o presidente da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), Genilson Costa (Solidariedade), recebeu R$ 233.746,38 de verbas indenizatórias, o famoso cotão. O dinheiro é utilizado para arcar com as despesas da atividade parlamentar. No entanto, apesar da expressiva despesa, no mesmo período, o vereador apresentou apenas três Projetos de Lei. Entre as matérias, a de maior destaque é a declaração de utilidade pública à Associação dos Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Estado de Roraima.
Em contraponto aos benefícios proporcionados à população e o custo que o parlamentar gera aos cofres públicos, a escassez de projetos impactantes colocam em xeque a atuação do vereador, que foi reeleito como presidente da CMBV. Além da baixa apresentação de PLs, o parlamentar se envolveu em escândalos.
Alvo da Polícia Federal
Uma das polêmicas ocorreu em abril de 2022, quando ele foi alvo da Polícia Federal na operação Tânatos por suspeita de associação criminosa no tráfico de drogas. O inquérito policial apontava que Genilson Costa atuaria como um possível colaborador do grupo, disponibilizando veículos para o transporte das drogas. Na época, o parlamentar negou envolvimento em qualquer tipo de atividade ilícita e que a verdade seria revelada com a finalização das investigações.
Incidente com o Exército
Além disso, o envolvimento em incidentes controversos e desrespeito a autoridades também marca a trajetória de Genilson Costa. O caso em que, acompanhado do vereador Kleber Siqueira (Solidariedade), desrespeitou um bloqueio do Exército Brasileiro na RR-205, se recusou a fazer o teste de bafômetro.
Tal comportamento fez com que o Exército Brasileiro instaurasse uma investigação para apurar o que houve e a Câmara de Boa Vista foi notificada para que os dois vereadores prestassem esclarecimentos sobre o ocorrido. O parlamentar nega ser investigado e que foi convocado apenas como testemunha.
Gasto público para participar de solenidades de aliados em Brasília
Outra faceta da atuação de Genilson Costa envolve o uso de diárias da Câmara para atividades que não possuem ligação direta com suas responsabilidades parlamentares. Por duas vezes, este ano, ele utilizou diárias para acompanhar a posse de aliados no Congresso em Brasília, em fevereiro para a posse de deputados e senadores em Brasília.
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