Neste sábado (29), ocorre o encerramento do 3º Festival de Atividades Esportivas da Prefeitura de Boa Vista. O evento iniciou nesta sexta-feira, 28, no Ginásio Romerão, na Vila Olímpica Roberto Marinho, e reúne alunos de diversas modalidades, professores e familiares.
A primeira noite foi dedicada às apresentações da ginástica rítmica, que trouxe ao público performances inspiradas nos anos 80. Com boa execução técnica e sincronia, as alunas demonstraram o resultado de um ano inteiro de treinos. Ao final, todas receberam medalhas de participação, um gesto simbólico que reconhece o esforço de cada estudante. O que também ocorrerá com as demais modalidades neste sábado.
Durante a abertura, representantes do karatê, jiu-jitsu, atletismo, vôlei, xadrez e futsal também participaram da cerimônia, reforçando o espírito de integração do festival.
Esporte como parte da formação
Para Paula de Sá, diretora de Esportes da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (FETEC), o festival resume o trabalho contínuo realizado ao longo do ano dentro da Vila Olímpica. “O CIEP acompanha crianças a partir dos três anos e funciona como um complemento da formação escolar. Celebramos hoje o desempenho dos alunos, o trabalho dos professores e o apoio das famílias. É um momento importante para todos nós”, disse.
Ela destacou ainda os resultados expressivos que o projeto tem alcançado nas competições. “Ao longo do ano, tivemos alunos se destacando no jiu-jitsu, no xadrez e em outras modalidades, com conquistas municipais, estaduais e nacionais. Isso mostra o quanto o incentivo gratuito oferecido pela prefeitura contribui para a formação de novos talentos”, reforçou.
Jiu-jitsu: conquistas que começaram na Vila Olímpica
O professor Wellynthon Pirulito, responsável pelo jiu-jitsu no CIEP, reforça que a iniciação esportiva oferecida pela prefeitura tem papel decisivo na trajetória de muitos atletas. “O CIEP é uma grande porta de entrada. Muitas crianças começam aqui e depois partem para treinos de alto rendimento. Já tivemos campeões brasileiros, medalhistas sul-americanos e bons resultados internacionais. Esse primeiro passo oferecido pela Vila Olímpica faz toda a diferença”, garantiu.
Ele acrescentou ainda, que o objetivo é continuar ampliando as oportunidades. “Queremos formar mais atletas, acompanhar mais histórias e seguir ajudando esses jovens a alcançarem seus objetivos no esporte”, destacou.
O impacto na vida das famílias
Histórias de evolução e superação também fazem parte do CIEP. Zilmara Andrade é mãe do Pedro Arthur, de 11 anos, aluno com autismo, que pratica jiu-jitsu há cerca de 2 anos. Ela contou como o esporte transformou o comportamento e a rotina do filho.
“Por recomendação médica, ele precisava praticar atividade física e se interessou pelo jiu-jitsu. Com o tempo, vimos mudanças na comunicação, na interação com outras crianças e até na autonomia. Ele tinha sensibilidade ao toque, mas foi superando com apoio do professor e dos colegas. Hoje participa de campeonatos e gosta muito do que faz”, contou.
A ginasta Maria Ísis, de 8 anos, também comemorou o avanço obtido na modalidade. “Aprendi bastante, fiz amigas e quero continuar no ano que vem. A abertura é o movimento mais difícil para mim, mas estou melhorando”, disse.
SOBRE O CIEP – Atende gratuitamente entre 1.500 e 2.000 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Localizado na Vila Olímpica Roberto Marinho, o projeto oferece aulas em 11 modalidades esportivas: futebol, futsal, ginástica rítmica, atletismo, jiu-jitsu, judô, karatê, natação, vôlei, xadrez e recreação.
As atividades acontecem duas vezes por semana, com acompanhamento pedagógico e incentivo à participação em competições municipais, estaduais e nacionais. A iniciativa promove integração social, disciplina e hábitos saudáveis.
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