A empresa terceirizada Belém Rio Segurança Ltda informou nesta semana que vai desligar 96 vigilantes que atuam em unidades vinculadas à Fundação Papa João XXIII (Funpapa), órgão da Prefeitura de Belém. O motivo, segundo ofício enviado ao Sindicato dos Vigilantes do Pará (Sindivipa), é a falta de repasse por parte da fundação, que estaria há mais de seis meses sem quitar as faturas do contrato em vigor.
No documento oficial, a empresa afirma não ter mais condições financeiras para manter a folha de pagamento dos trabalhadores e que os avisos prévios já começaram a ser emitidos. O contrato, identificado como nº 043/2022, tem vigência até o próximo dia 31 de julho.
Procurada pelo sindicato, a direção da Funpapa confirmou o atraso e explicou que, por orientação do atual prefeito Igor Normando (MDB), os pagamentos relativos à gestão anterior não serão efetuados. Questionada sobre a possibilidade de liberação de recursos para quitar ao menos salários e verbas rescisórias, a resposta foi negativa.
Diante da situação, os trabalhadores realizaram uma manifestação com carro de som na tarde de sexta-feira (11), em frente à sede da fundação, na Avenida Rômulo Maiorana. O ato teve como objetivo pressionar o poder público a buscar uma solução para evitar as demissões em massa. Uma nova mobilização foi marcada para a próxima segunda-feira (15), às 9h, no mesmo local.
O Sindicato dos Vigilantes pede que a Prefeitura reconsidere a decisão e evite a interrupção do serviço de vigilância nas unidades públicas de assistência social, além do impacto social gerado pela demissão em larga escala.
Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura de Belém e a Funpapa não haviam divulgado nota oficial sobre o caso.