A onça-pintada avistada nesta quarta-feira, 1º, nadando no Rio Negro, nas proximidades da Praia da Ponta Negra, zona Oeste de Manaus, foi baleada na cabeça, segundo exames realizados pela equipe de veterinários que acompanha o caso. O animal, um macho, apresentava sinais de exaustão e desorientação e segue em tratamento especializado.
O resgate mobilizou uma força-tarefa formada pela Secretaria de Estado de Proteção e Bem-Estar Animal (Sepet), pelo Batalhão de Policiamento Ambiental, pelo Laboratório de Internações de Fauna e Floresta (Laiff) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pela equipe da deputada estadual e defensora da causa animal, Joana Darc (União-AM).
Os exames apontaram mais de 30 estilhaços de chumbo alojados no crânio e no pescoço do felino, além da perda de dentes e edemas nos olhos e orelhas. De acordo com os veterinários, o estado de saúde é estável, mas a onça permanece em observação e apresenta sinais de estresse.
Ainda não foi definido o destino do animal. Entre as possibilidades estão o encaminhamento ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) ou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). A prioridade é a recuperação do felino e, se possível, sua reintrodução à natureza.
A caça de animais silvestres é crime ambiental previsto no artigo 29 da Lei nº 9.605/98, com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.
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