A defesa dos jornalistas Heverson Castro e Iran Froes classificou a agressão sofrida pelos profissionais durante uma vistoria às obras do Hospital Municipal de Macapá, no domingo (17), como abuso de autoridade. Segundo o advogado Maurício Pereira, os repórteres foram vítimas de violência por parte do prefeito Antônio Furlan (MDB) e de integrantes da equipe dele.
De acordo com Pereira, Froes foi imobilizado com um “mata-leão” aplicado pelo prefeito, enquanto Castro foi contido por assessores. Ambos foram levados à delegacia e liberados após assinatura de termo circunstanciado. O defensor destacou que não houve indícios de agressão praticada pelos jornalistas.
O advogado também informou que o exame de corpo de delito feito em uma das mulheres que acusou os profissionais não apontou lesões. Ele afirmou que o episódio representou violação das prerrogativas da categoria, incluindo o direito à liberdade de imprensa e de expressão.
No mesmo dia, a Câmara Municipal de Macapá divulgou uma nota de desagravo em apoio aos jornalistas. O presidente da Casa, Pedro DaLua, repudiou a conduta do prefeito e de agentes da Guarda Civil Municipal, além de cobrar apuração rigorosa das responsabilidades.
Na manhã de segunda-feira (18), Furlan publicou um vídeo nas redes sociais pedindo desculpas. O prefeito afirmou ter reagido ao presenciar servidoras sendo hostilizadas e atribuiu o episódio a um contexto de perseguição política contra sua gestão.
Em nota oficial, a Prefeitura de Macapá declarou que o prefeito e duas servidoras foram alvo de agressões verbais e físicas por parte da equipe de reportagem. O caso segue em investigação policial.
Além de Castro e Froes, o cinegrafista Marshal dos Anjos também foi conduzido à delegacia durante a ocorrência.
Veja o vídeo:
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