Dois suspeitos do homicídio do candidato a prefeito de Amajari, Toinho da Aderr, foram presos pela Polícia Civil neste sábado, 26. Identificados como F.L.S.S., de 44 anos, e E.C.P.R.J., de 32 anos, eles foram localizados em Boa Vista e estão sendo apresentados em Audiência de Custódia.
Os acusados da execução foram detidos no bairro Asa Branca e Cambará, em Boa Vista, com apreensão de celulares e documentos que devem auxiliar na investigação. A ação faz parte da operação “Mercenários” e os mandados foram expedidos contra os dois suspeitos de execução, enquanto R.S.L.S., um empresário e ex-deputado federal, é apontado como o mandante do crime.
Em Amajari, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na fazenda de um dos investigados. As diligências resultaram na prisão em flagrante de um funcionário da fazenda por posse irregular de arma de fogo e munições.
As investigações indicam que a motivação do homicídio está ligada a uma disputa de terras que se arrasta há 15 anos entre a vítima, Antonio Etelvino Almeida (Toinho da Aderr), e o suposto mandante.
Toinho foi baleado em sua residência em Amajari no dia 24 de setembro e faleceu no hospital dias depois. Durante as investigações, testemunhas confirmaram que Toinho identificou R.S.L.S. como o mandante antes de morrer.
O crime
O crime ocorreu na residência da vítima em Amajari, por volta das 23 horas, quando Antonio estava sozinho e foi alvejado por disparos de arma de fogo. Ele foi socorrido pelo Samu e transferido ao HGR (Hospital Geral de Roraima), mas veio a óbito dias depois.
De acordo com o delegado, as investigações revelaram que os acusados F.L.S.S. e E.C.P.R.J., atuaram juntos na execução do homicídio. F. L. A. S., foi apontado como sendo a pessoa que organizou toda a logística e, o acusado E. C. P. R. J., foi quem efetuou os disparos. Enquanto o empresário R.L. teria oferecido recompensa financeira para a execução do crime.
O delegado Valdir Tomasi Rosa destacou a importância das diligências realizadas pela equipe de Pacaraima e pelo NI da PCRR, que foram fundamentais para elucidar o caso e garantir a prisão dos suspeitos.
“As investigações foram complexas. Desde o início das diligências já tínhamos uma linha de investigação que veio se confirmando ao longo do trabalho.Na medida que as investigações foram se aprofundando, conseguimos identificar todos os envolvidos. Passamos então por uma nova fase que foi comprovar a participação deles e representar por suas prisões. Agora, estamos realizando as diligências para cumprir os mandados judiciais. Para a Polícia Civil não restam dúvidas de que o crime foi motivado por disputa de terra. Foi um crime encomendado”, afirma o delegado.