O abate de bovinos em Roraima atingiu 105.301 cabeças no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr). A projeção é alcançar 180.515 animais até o fim do ano, resultado considerado histórico para o setor.

De acordo com a Aderr, responsável pelo controle e fiscalização das atividades ligadas à saúde animal, o desempenho é impulsionado por investimentos públicos, atração de investidores e fortalecimento das ações de sanidade do rebanho.

O governador Antonio Denarium afirmou que o cenário tem estimulado a compra de animais e a retenção de fêmeas para ampliação do rebanho. “Esse cenário tem incentivado mais pecuaristas a investirem no Estado, comprando animais e retendo fêmeas para aumentar o rebanho, o que contribui para o crescimento do número de abates previsto para 2025”, disse.

Para o presidente da Aderr, Marcelo Parisi, o aumento é reflexo direto das políticas estaduais para fortalecer a agropecuária. “Com esse aumento expressivo, estamos garantindo a segurança dos rebanhos e mantendo um futuro cada vez mais próspero para a nossa pecuária”, destacou.

Municípios líderes

Mucajaí lidera o ranking estadual com 19.876 abates no semestre, seguido por Rorainópolis (13.064) e Caracaraí (11.923). Também se destacam Iracema (11.496), Cantá (10.645), Alto Alegre (10.420), Caroebe (9.412), Bonfim (8.310), São Luiz do Anauá (3.236), Amajari (2.883), São João da Baliza (2.820) e Boa Vista (1.216).

Já Normandia, Pacaraima e Uiramutã não registraram abates, mas lideram na produção de bezerros, abastecendo municípios como Mucajaí, que concentra atividades de engorda e detém o maior rebanho estadual.

Crescimento contínuo

Segundo o fiscal agropecuário Marcos Duarte, o setor vem apresentando aumento consistente desde 2018. “No presente ano de 2025, até o mês de julho, os resultados já se aproximam dos valores totais registrados em 2024. Projeta-se que o desempenho de 2024 seja igualado em agosto”, afirmou.

Expansão do rebanho

O rebanho bovino de Roraima passou de 780 mil cabeças em 2018 para mais de 1,35 milhão em 2025, conforme registros das campanhas de vacinação contra febre aftosa. A marca de 1 milhão foi superada em 2021, impulsionada por políticas públicas e parcerias com produtores.

O setor de abate foi prejudicado durante a pandemia de covid-19, mas desde 2019, primeiro ano da atual gestão estadual, os indicadores se recuperaram, consolidando a pecuária como uma das atividades econômicas de maior relevância para o Estado.