Em um vídeo publicado nas redes sociais na sexta-feira, 29, o vereador Mayky Vilaça (PL) se manifestou contra a extinção do programa de transferência de renda “Bora Belém”, aprovado pela Câmara Municipal de Belém. Ele ainda insinuou que o programa seria relançado com outro nome pela gestão de Igor Normando (MDB).
O programa, criado em 2021, na gestão de Edmilson Rodrigues (Psol) para atender famílias em extrema pobreza, beneficiava 18 mil famílias com valores entre R$ 200 e R$ 500 mensais, totalizando um investimento de R$ 5 milhões por mês.
Programa seria lançado com outro nome
“O fim desse programa do Bora Belém só vai beneficiar duas pessoas. O Barbalhos [referindo-se ao governador Helder Barbalho (MDB) e família], que entrava com R$ 2,5 milhões, e o Igor Normando, que entra com os outros R$ 2,5 milhões. E, consequentemente, prejudica 18 mil famílias, que vão deixar de se alimentar com recursos que recebiam”, disse.
Ainda na gravação, Vilaça sugeriu que a prefeitura pode lançar um novo programa nos próximos meses para substituir o Bora Belém. “Logo logo o prefeito aparece aí, com um novo programa, que só vai mudar o nome e o título. E assim ele ganha todos os créditos. É, meu irmão, o sistema é bruto”, afirmou.
Prejuízos para as famílias
Vilaça, que é líder do PL na Câmara, destacou os prejuízos que a revogação do programa trará para as famílias dependentes do auxílio. “Eu não posso concordar que os beneficiários que recebem 200 a 500 reais sejam chamados de vagabundos. Não! São pessoas que passam necessidade, estão muitas das vezes em situação de vulnerabilidade. Ainda mais hoje, com esse governo esquerdista, que só uma cuba de ovo chega a custar 40 reais. Infelizmente, essas pessoas servem de massa de manobra, um curral eleitoreiro”, declarou.
PL para o fim do Bora Belém
O Projeto de Lei que propôs o fim do “Bora Belém” foi de autoria do vereador Zezinho Lima (PL) e seguiu para votação mesmo após parecer contrário da Comissão de Justiça, Legislação e Redação de Leis. Durante a sessão, a vereadora Marinor Brito (Psol) tentou encaminhar o projeto para outras comissões e pediu votação nominal, mas ambas as propostas foram rejeitadas pelo plenário.
Vilaça não foi o único a se opor à revogação do programa. Também votaram contra a extinção os vereadores Ágatha Barra (PL), Marinor Brito (Psol), Vivi Reis (Psol), Alfredo Costa (PT), Neia Marques (PT) e Rildo Pessoa (MDB). O vereador afirmou que o fim do programa não prejudicaria a gestão municipal, mas sim a população beneficiada.
Veja o vídeo:
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