O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou ações contra a vereadora eleita Carol Dantas (PSD) e os vereadores Juliana Garcia e Sandro Baré, que não conseguiram reeleição, por suspeitas de abuso de poder durante as eleições de 2024. As acusações envolvem uso irregular dos meios de comunicação, compra de votos e abuso econômico, com pedidos de cassação de diplomas e decretação de inelegibilidade.
Acusações contra Carol Dantas
Segundo o MPE e a Polícia Federal, Carol Dantas utilizou repetidamente os serviços de um influenciador digital de ampla visibilidade para promover sua candidatura no Instagram. A ação foi considerada abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação social durante o pleito. O MPE requereu a cassação do diploma de Carol Dantas e sua inelegibilidade por oito anos.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, 19, Carol Dantas declarou estar surpresa com as alegações, afirmando que sua campanha foi conduzida dentro da legalidade e que o apoio recebido por influenciadores foi espontâneo. A vereadora eleita se comprometeu a apresentar defesa assim que notificada. “Confio na Justiça e estarei à disposição para quaisquer esclarecimentos”, afirmou.
Juliana Garcia e Sandro Baré
Os vereadores Juliana Garcia e Sandro Baré, que não conseguiram se reeleger no pleito deste ano, também são alvo de ações do MPE. Juliana Garcia foi indiciada junto com outras oito pessoas por compra de votos. Durante operações realizadas nos dias 5 e 6 de outubro, R$ 77.370,00 em espécie foram apreendidos, supostamente utilizados para beneficiar sua campanha.
Sandro Baré, por sua vez, é acusado de gastar R$ 871.750,00 em campanha, recursos que não foram fiscalizados pela Justiça Eleitoral, configurando abuso de poder econômico.
O MPE afirmou que os valores empregados indicam clara tentativa de influenciar o pleito de forma irregular. O órgão requereu a cassação do diploma de Juliana Garcia como vereadora suplente e a inelegibilidade dos dois ex-vereadores.