O prefeito “tampão” recém eleito de Alto Alegre, Wagner Nunes (Republicanos), iniciou uma série de medidas supostamente contra irregularidades nas gestões de Pedro Henrique Machado (PP) e Veldenir Magrão. A demissão em massa de 300 servidores comissionados, no entanto, pegou mal entre aliados do novo gestor.
Wagner Nunes afirma aqui e acolá que está tornando a máquina pública mais eficiente, mas, dias após colocar 300 trabalhadores nas ruas mais, contratou uma organizadora de eventos por R$ 700 mil para eventos organizados pelo seu próprio gabinete.
Na semana passada, diante do contrato exorbitante, a reportagem tentou contato com o prefeito e com sua chefia de comunicação para questionar os motivos específicos das demissões em massa e se haveria provas de ilegalidade, mas não houve qualquer retorno.
Embora novato em cargos públicos eletivos, o gestor já se “blindou” como um serviço de comunicação que despreza demandas que mantém informada a população. A prática é típica dos chamados “caciques” políticos, que só buscam veículos de comunicação quando os convém e silenciam quando se sentem incomodados.
Poucos servidores que sobraram na semana passada afirmam que foi implantada a “lei da mordaça” em Alto Alegre. Todos servidores estariam proibidos de comentar sobre as mudanças da nova gestão.
Passados mais de 10 dias após a reportagem entrar em contato com a comunicação do prefeito, sequer o “bom dia” foi respondido como prática da boa educação.
Êh, Alto Alegre
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