O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) é alvo de processo disciplinar do Conselho de Ética, aberto nesta quarta-feira, dia 14, no Senado, em Brasília, por suposto desvio de dinheiro destinado para a saúde no gerenciamento da pandemia de covid-19. Em outubro de 2020 o parlamentar foi flagrado pela Polícia Federal (PF) com R$ 33 mil na cueca, durante ação de busca e apreensão da operação Desvid-19.
A representação junto ao Conselho de Ética foi feita pelos partidos Rede e Cidadania, que classificam o episódio como vergonhoso para o parlamento e pedem a cassação do mandato de Rodrigues.
Entre as punições para o caso, o Conselho de Ética pode aplicar advertência, censura, perda temporária do mandato e até mesmo a cassação do mandato. Caso o conselho decida pela perda temporária ou cassação, a medida deve ser aprovada no plenário principal da Casa, por todos os senadores.
Na época do caso, Chico Rodrigues negou ter cometido irregularidades e afirmou que escondeu o dinheiro na cueca movido pelo pânico e medo.
A investigação teve início após denúncia de servidor da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), que em depoimento à Polícia Federal relatou que o senador mandava na Pasta e determinava quem era exonerado e nomeado como secretário. O servidor também denunciou que Chico também determinava a renovação de contratos administrativos sem licitação com empresas vinculadas a ele.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi sorteado relator do caso. O presidente do Conselho de Ética é o senador Jayme Campos. O vice-presidente é o senador Eduardo Braga (MDB-AM). A reunião será na sala 6 da Ala Nilo Coelho. Além do caso de Chico Rodrigues, o Conselho também vai analisar processos contra outros nove senadores, entre eles Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Damares Alves (Republicanos-DF).
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