Durante uma fiscalização de rotina na boca do Rio Água Boa, em Caracaraí, Sul de Roraima, na quarta-feira, 12, a Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) resgatou 109 tartarugas, conhecidas na região pelo nome de tracajá. Os animais estavam presos em sacos de fibra e seriam vendidos ilegalmente. Duas pessoas foram flagranteadas e encaminhadas para Delegacia de Polícia Civil do município.
Também foram apreendidas quatro embarcações, 30 malhadores, armas de grosso calibre, munição e motores de rabeta. Fiscais da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) que acompanharam a ação encontraram armadilhas, conhecidas como “capa sacos”. Elas podem chegar a 200 metros de comprimento e são estiradas de uma margem à outra do rio e ficam abertas para que os animais possam entrar.
As fiscalizações ambientais na região foram intensificadas desde o começo do ano. Somente no mês de março centenas de quilos de peixes e dezenas de tartarugas foram apreendidas em uma ação da Femarh em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Força Nacional.
Piracema
A Femarh também reforçou que o período de defeso, conhecido popularmente como Piracema, que proíbe a pesca de peixes nativos em Roraima, começou em 1º de março e vai até o dia 30 de junho e é regulamentado por portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Nesse período fica proibida a pesca profissional de todas as espécies nos rios do estado, sendo permitida somente a pesca de subsistência sem a utilização de apetrechos como redes e malhadores, podendo utilizar somente linha de mão, sendo permitido a pesca de 10 quilos diários ou uma espécie por pescador.
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