O desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, do Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA), autorizou, nesta quinta-feira (27), a instauração de um inquérito policial para investigar o prefeito de Parauapebas, Aurélio Ramos de Oliveira Neto (Avante). O magistrado acatou pedido do delegado de polícia civil João Bosco de Andrade Fagioli para apurar supostos crimes de lesão corporal, injúria, calúnia, difamação, constrangimento ilegal e ameaça praticados contra o repórter Wesley Augusto Costa Gonçalves Rabelo e as jornalistas Vanessa Pereira Pinto e Isis Bem Ferreira.
De acordo com as investigações iniciais, o prefeito teria agredido fisicamente e verbalmente o repórter Wesley Rabelo, além de ter dirigido ofensas e ameaças às profissionais de imprensa. O laudo traumatológico e os depoimentos das vítimas foram considerados como elementos com “consistência indiciária suficiente” para justificar a abertura da investigação.
A autorização judicial permite a realização de diligências padrão, como ouvidas de testemunhas e do próprio investigado, requisição de documentos e perícias. O delegado responsável pelo caso terá o prazo de 30 dias para concluir as investigações, podendo este ser prorrogado.
Conforme a decisão do desembargador, a autorização para a instauração do inquérito não representa um juízo sobre o mérito das acusações, mas atesta a existência de indícios que legitimam a investigação.
Prefeito foi denunciado por ataque a outro jornalista
O prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), que agrediu um jornalista durante a cobertura da COP30 em Belém neste mês, foi acusado de agredir outro profissional da imprensa em 2021. A denúncia é do jornalista Felipe Tommy, que afirma ter sido alvo de cusparadas, xingamentos e ameaças dentro de uma delegacia no município, durante uma abordagem de rotina para obter informações sobre a cassação do então mandato de vereador de Goiano.
Segundo o relato, o episódio ocorreu quando Goiano estava sem mandato e já respondia a uma série de processos. Tommy afirma que, ao fazer uma pergunta sobre a cassação, recebeu duas cusparadas no rosto e foi ofendido com agressões verbais. Ele disse que a violência teria ocorrido “simplesmente”, porque estava exercendo seu trabalho jornalístico.
Veja a decisão
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