O Ministério Público do Estado do Pará ofereceu denúncia formal contra o médico Felipe Almeida Nunes, de 30 anos, acusado de tentativa de feminicídio qualificado e injúria real praticados contra sua namorada, de 27 anos.
A denúncia foi protocolada em 17 de novembro de 2025 pela 1ª Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar de Belém, assinada pela promotora Darlene Rodrigues Moreira, formalizando a acusação criminal.
Relembre o caso
O episódio ocorreu na madrugada de 26 de outubro de 2025, no bairro Umarizal, em Belém. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que, após discussão na via pública, o acusado agride a vítima. Quando ela tenta recuperar pertences no veículo, ele arranca com o carro e a arrasta por aproximadamente 244 metros em alta velocidade.
A mulher caiu sobre o asfalto e sofreu lesões de natureza gravíssima, como queimaduras por atrito, escoriações extensas, fraturas e perda de dentes. De acordo com o MPPA, Felipe Nunes fugiu do local sem prestar socorro.
Para a Promotoria, a dinâmica dos fatos demonstra intenção homicida, já que o meio empregado impossibilitou qualquer defesa por parte da vítima.
Provas reunidas pelo Ministério Público
O MPPA informou que a autoria e a materialidade estão comprovadas por elementos do inquérito policial. Entre os principais itens da denúncia estão:
- depoimentos da vítima e de testemunhas oculares sobre a agressão e o arrastamento;
- laudo de exame de corpo de delito, confirmando lesões compatíveis com o relato investigado;
- imagens de câmeras de segurança, registrando o momento do arraste.
O órgão ministerial também destacou que as filmagens e os laudos indicaram que o acusado teria provocado lesões em si mesmo após o ocorrido, com o objetivo de sustentar versão falsa de que teria sido agredido pela vítima, hipótese descartada pelas evidências.
Felipe Nunes está preso preventivamente desde 30 de outubro de 2025, após se apresentar à polícia para cumprimento de ordem judicial da Vara de Violência Doméstica e Familiar de Belém. A custódia foi decretada para resguardar a integridade da vítima e assegurar o andamento das investigações.
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