A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na residência da servidora pública e digital influencer Any Diuly Alves dos Santos Fogaça, filha do vereador Everaldo Fogaça, durante a Operação Archote, deflagrada na manhã desta quarta-feira (19). A ação investiga uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, com atuação em Rondônia e no Mato Grosso do Sul.
De acordo com as apurações, o grupo utilizava criptomoedas, empresas de fachada e intermediários para mascarar movimentações financeiras. Any Diuly está entre 22 pessoas físicas e jurídicas que tiveram quebra de sigilo fiscal e telemático autorizada pela Justiça.
Relatório encaminhado ao Judiciário aponta que ela e outros seis investigados teriam desempenhado funções de apoio ao esquema, incluindo financiamento de operações por meio de “consórcios”, transporte de cargas, distribuição local de drogas e fornecimento regional de entorpecentes.
O conjunto probatório é composto por elementos reunidos desde 2023, como interceptações telefônicas, quebras de sigilo bancário em 2024, vigilâncias, diligências externas e levantamentos patrimoniais que apontariam incompatibilidade entre renda declarada e patrimônio ostentado. Também foram anexados extratos bancários, além de fotos de drogas e barras de ouro extraídas de contas de e-mail.
No início da noite, Any Diuly divulgou vídeos nas redes sociais e afirmou que não foi presa, qualificando como boatos as informações que circulavam após a operação. Ela confirmou a presença da polícia em sua residência e disse que o caso estaria relacionado a um ex-namorado, com quem teria se envolvido por seis meses e contra quem possui medida protetiva.
Ela declarou que teria sido vítima de agressões e que, na época, foi o pai quem acionou a polícia para retirá-lo da casa. A influencer relatou ainda que precisou mudar de endereço após o ex-companheiro invadir a residência e levar um veículo que, segundo ela, era quitado e comprado com recursos próprios. Any Diuly afirmou que não possui contato com ele há mais de um ano e declarou estar à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.
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