A Câmara Municipal de Boa Vista experimentou uma onda de tensão durante a sessão desta quarta-feira, 19, quando quatro vereadores da, assim conhecida, bancada do governador Antonio Denarium (PP), opositor político do prefeito Arthur Henrique (MDB), pediram vistas para “analisar” o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) para professores efetivos e especialistas em educação e orientação educacional.
O líder do Executivo na Casa, o vereador Zélio Mota (MDB), apresentou um requerimento para que o projeto fosse votado em apenas um turno e enviado para análise do prefeito Arthur Henrique (MDB) no mesmo dia. No entanto, a vereadora Aline Rezende (PRTB) pediu vistas do projeto, posicionamento que foi seguido pelos vereadores Kleber Siqueira (Solidariedade) e Juliana Garcia (PSD).
Aline solicitou uma reunião com os parlamentares e com a categoria da Educação antes da análise definitiva do projeto. A oposição defende a necessidade de uma avaliação mais profunda e um diálogo aberto com os profissionais da educação sobre o projeto.
Em resposta, o vereador Júlio Medeiros (PV), um dos líderes do Executivo, acusou a oposição de praticar “politicagem” e de espalhar inverdades sobre o plano. Ele alega que a demora na aprovação do projeto prejudica a categoria que aguarda a implementação do PCCR.
O PCCR – O Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Educação Básica, que engloba 5.093 servidores, estabelece que os salários para professores de nível Médio em extinção variam de R$ 2.527,39 a R$ 9.267,75.
Para os especialistas em Educação do quadro a ser extinto e professores com jornada semanal de 25 horas de nível Superior, os salários vão de R$ 2.906,49 a R$ 10.194,54. Já os orientadores educacionais e professores com jornada semanal de 40 horas de Ensino Superior terão vencimentos variando de R$ 4.650,38 a R$ 16.311,31.
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