A assessoria do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, entrou em contato com o portal O FATO solicitando direito de resposta pela matéria: “MPE solicita à Polícia Federal abertura de inquérito contra o prefeito de Belém por espalhar Fake News”, publicada na quinta-feira, 3.
A equipe de Rodrigues garante que a abertura do inquérito não confirma que a campanha ocorreu com alegações falsas. A promotora Maria de Nazaré dos Santos Corrêa, da 1ª Zona Eleitoral, requisitou à Polícia Federal a instauração do inquérito sem ouvir a manifestação da Prefeitura ou da coligação “A Nossa Família é o Povo”.
Rodrigues afirma que Bemaven é investigada por irregularidades na coleta de lixo
O prefeito afirma que a empresa Bemaven, de Jean de Jesus Nunes, é alvo de uma investigação policial instaurada após denúncias de irregularidades na coleta de lixo em Belém.
Jean, que também é sócio da Belém Ambiental, prestou serviços à Prefeitura por anos, mesmo sem contratos regulares, sendo alvo da operação “Forte do Castelo”, que investigou crimes de improbidade administrativa durante a gestão de Duciomar Costa.
Durante a gestão de Edmilson Rodrigues, a Prefeitura de Belém abriu uma licitação para contratar novos serviços de coleta e outros itens de limpeza urbana. No entanto, a Belém Ambiental teria tentado sabotar o processo, retardando a coleta de lixo e promovendo uma série de ações judiciais para atrasar o processo de concorrência pública. A nova empresa, Ciclus Amazônia, assumiu o serviço em abril, encerrando a crise.
Além disso, o Ministério Público Eleitoral pediu à Polícia Federal que investigasse a disseminação de supostas informações falsas sobre uma “máfia do lixo”, atribuídas à campanha eleitoral do prefeito Edmilson. No entanto, ainda não há confirmação de que as alegações feitas durante a campanha sejam infundadas.
A assessoria de Rodrigues afirma ainda que o histórico de Jean de Jesus inclui condenações anteriores. Em 2017, ele e outras pessoas ligadas à Belém Ambiental foram alvo de ações civis públicas que pediam o bloqueio de bens e o ressarcimento de milhões aos cofres públicos, como resultado de irregularidades detectadas em contratos firmados durante a gestão de Duciomar Costa.