A Justiça do Amazonas autorizou sete procedimentos criminais que investigam o prefeito de Manaus, David Almeida, por suspeitas que incluem corrupção, peculato, enriquecimento ilícito, favorecimento em contratos públicos e benefícios concedidos com dinheiro municipal. As apurações foram instauradas a partir de representações do Ministério Público do Estado (MPAM) e tramitam de forma independente na esfera criminal.
Entre os casos sob análise está a suspeita de pagamento irregular de passagens aéreas para o prefeito e outros beneficiados, incluindo viagens internacionais. O MP-AM também apura uso de recursos públicos para despesas pessoais. Em uma das decisões, o órgão solicitou acesso a documentos e bases de dados da prefeitura para rastrear possíveis usos indevidos da máquina municipal.
Outra frente de investigação envolve suposta concessão irregular de vantagens a servidores e contratados, além de possíveis fraudes em procedimentos administrativos. Também houve autorização judicial para apurações sobre contratos da gestão municipal que, segundo o MPAM, podem ter sido direcionados para beneficiar pessoas específicas.
O conjunto de pedidos aceitos pela Justiça inclui quebra de sigilo de documentos, requisição de informações, coleta de registros administrativos e diligências externas. As autorizações foram dadas após análise dos indícios apresentados pelo MPAM, que apontou necessidade de aprofundamento para esclarecer eventual prática de crime.
A abertura de investigação não implica culpa, mas visa assegurar produção de provas, especialmente diante de relatos de possíveis favorecimentos internos e pagamentos atribuídos ao prefeito. As medidas também permitem rastrear eventual sobreposição de despesas pessoais aos cofres municipais, além de atos que possam configurar improbidade administrativa.
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