O ministro Luís Roberto Barroso anunciou, nesta quinta-feira (9), sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi comunicada durante a última sessão plenária de sua carreira no tribunal.
“Sinto que agora é hora de seguir novos rumos”, declarou o ministro, emocionado.
O anúncio ocorre poucas semanas após Barroso deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. Apesar do comunicado, ele deve permanecer na Corte até a próxima semana para liberar processos que ainda estão sob sua relatoria.
Com a aposentadoria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será responsável por indicar o novo ministro que ocupará a vaga.
Trajetória
Nomeado para o Supremo em 2013, Barroso foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff para substituir Carlos Ayres Britto, que se aposentou ao completar 70 anos.
Natural de Vassouras (RJ), Barroso é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre em Direito pela Yale Law School, nos Estados Unidos. Antes de integrar o STF, teve carreira destacada na advocacia privada e na academia.
Como advogado, atuou em casos de grande repercussão nacional, entre eles as ações que discutiram a interrupção da gravidez em fetos anencéfalos, as pesquisas com células-tronco embrionárias, o reconhecimento da união homoafetiva e a defesa do ex-ativista italiano Cesare Battisti.
Durante mais de uma década no Supremo, Barroso se notabilizou por uma atuação marcada pela defesa de direitos fundamentais, modernização institucional e transparência no Judiciário.