Nos últimos três anos, a Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) recapturou 131 foragidos do sistema prisional de Roraima. O número corresponde a internos que estavam em liberdade antes da intervenção federal em 2018. Desde então, com maior controle e monitoramento, foram registradas apenas dois episódios de fugas na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).
O chefe da Dicap (Divisão de Captura) da Sejuc, Osny Siqueira, detalhou os episódios. O primeiro ocorreu em setembro de 2024, quando quatro internos fugiram, sendo três recapturados pela PMRR (Polícia Militar de Roraima) no distrito de Santa Maria do Boiaçu, em Rorainópolis.
“O segundo episódio se refere a Thiago Lopes da Silva, que havia fugido em novembro de 2024, mas foi recapturado em setembro deste ano. Esse caso exigiu mais trabalho. Atualmente, apenas um interno segue foragido, mas já está sendo monitorado”, informou Costa.
Diferença entre foragidos da Justiça e do sistema prisional
Costa explicou que foragido do sistema prisional é aquele que já estava sob custódia do Estado e fugiu do presídio, enquanto o foragido da Justiça é a pessoa com mandado judicial de prisão que ainda não foi cumprido. “Ou seja, o primeiro é o que rompe a custódia do Estado, enquanto o segundo seria o que evita o cumprimento de uma ordem judicial de prisão”, esclareceu.
Sistema prisional mais estruturado
O secretário da Sejuc, Hércules Pereira, lembrou que o sistema prisional de Roraima passou por intervenção no final de 2018 e, desde então, vem sendo reconstruído com uma série de investimentos.
Ele mencionou, por exemplo, que todas as unidades prisionais foram reformadas e ampliadas, além da entrega da unidade de Rorainópolis, que estava paralisada há mais de 14 anos.
“Investimos em modernização, com equipamentos de inspeção corporal que impedem a entrada de objetos proibidos, além de concurso público que ampliou o efetivo. O governador Antonio Denarium adquiriu viaturas, armamentos e garantiu a capacitação continuada dos profissionais. O resultado é que estamos há quase sete anos sem registros de mortes violentas, rebeliões ou motins, e hoje o sistema prisional de Roraima é referência nacional em vários aspectos”, destacou Hércules Pereira.
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