Com a possibilidade de Geraldo Alckmin (PSB) deixar a vice-presidência para disputar o Senado em 2026, as articulações em torno da chapa presidencial de Lula se intensificam — e o nome de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, ganha cada vez mais força como alternativa para compor a reeleição.
Helder é cotado nos bastidores desde 2023, quando a escolha de Belém como sede da COP30 projetou nacionalmente seu protagonismo político. Além disso, o MDB paraense saiu fortalecido das eleições municipais de 2024, elegendo 85 prefeitos, incluindo o primo do governador, Igor Normando, em Belém — contrariando expectativas iniciais. O resultado consolidou o controle do clã Barbalho no estado e abriu caminho para novos movimentos.
Um deles já circula entre aliados: Helder deve lançar sua atual secretária de Assistência Social, Hana Ghassan, como candidata ao governo do Pará em 2026. A articulação permitiria que ele deixasse o cargo no auge da popularidade para integrar a chapa nacional ao lado de Lula, sem perder o controle da sucessão estadual. O movimento reflete o avanço do MDB no governo federal e a tentativa de manter a frente ampla formada em 2022, que uniu campos ideológicos distintos em torno da candidatura petista.
Alem de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, o Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro é outro nome cotado. Ambos são aliados próximos de Lula e têm se posicionado como peças-chave na manutenção da frente ampla que levou o petista de volta ao Planalto em 2022.
Barbalho, que lidera a organização da COP30 em Belém, destaca o papel estratégico do MDB nas articulações políticas. Em entrevista, afirmou que “o tamanho político do MDB habilita o partido para qualquer missão”, sinalizando abertura para compor a chapa presidencial. 
Paes, reeleito com 60% dos votos no Rio de Janeiro, tem fortalecido sua relação com o PT. O partido, inclusive, abriu mão de indicar um vice na chapa carioca em 2024, concedendo a Paes um “cheque em branco” para fortalecer o palanque de Lula na capital fluminense. 
Enquanto isso, o União Brasil também busca espaço na chapa presidencial. O ministro do Turismo, Celso Sabino, defende que o partido apoie Lula e indique o vice em 2026, apesar de divergências internas. “Boa parte das lideranças do partido defendem o apoio à reeleição do presidente Lula”, afirmou Sabino.
Por outro lado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lançou sua pré-candidatura à presidência, posicionando-se como alternativa à direita de Jair Bolsonaro.