Cumprindo agenda no Pará uma série de compromissos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à Rádio Clube FM de Belém, nesta quinta-feira, 13, e abordou temas como habitação, investimentos federais no Pará e desafios econômicos. Durante a conversa, ele criticou a paralisação de obras sociais em gestões anteriores e reforçou o compromisso do governo em impulsionar a infraestrutura da região.
Obras paralisadas e retomada de habitação popular
Lula destacou a importância da retomada de obras habitacionais que ficaram anos sem conclusão. “Eu fui inaugurar um conjunto habitacional que tinha sido começado a ser feito em 2014, e aquilo ficou de 2014 a 2024 parado. São 1.008 apartamentos que poderiam ter minimizado o sofrimento de 1.008 famílias” afirmou. O presidente ainda criticou o descaso com projetos sociais. “Tem muito governante que não tem a menor sensibilidade para o sofrimento do povo”, declarou.
Ele adiantou que o governo federal pretende entregar 2,5 milhões de moradias até 2026, superando a meta inicial de 2 milhões. Lula também relembrou sua própria experiência com moradia. “A primeira casa que eu comprei tinha 33 metros quadrados, e eu vivi feliz. Hoje, estamos entregando casas de 49, 50 metros quadrados para garantir dignidade ao nosso povo”, disse.
Lula destaca investimentos no Pará e COP-30
O presidente destacou que os investimentos federais na região chegam a R$ 5 bilhões, com projetos voltados para infraestrutura, saneamento e educação. “Nunca na história de Belém teve tanto investimento num único momento”, afirmou. Ele ressaltou que esses aportes fazem parte da preparação da cidade para a COP-30, evento climático da ONU que ocorrerá em Belém em 2025.
Lula justificou a escolha da cidade para sediar o evento e rebateu críticas sobre a estrutura da capital paraense. “Quem vem na COP não vem atrás de beleza. Quem vem na COP vem para discutir responsabilidade com o planeta Terra”, disse. Ele também afirmou que a conferência será uma oportunidade para expor a realidade da Amazônia. “A Amazônia tem dono, é o Brasil. A Amazônia tem povo, são 29 milhões de pessoas que moram aqui e querem viver bem”, declarou.
Parceria com o governo do Pará
Ao final da entrevista, Lula elogiou o governador Helder Barbalho (MDB) e a atuação dos ministros Jader Filho e Henderson Pinto. “O Helder está fazendo um governo excepcional, e eu quero manter essa parceria porque governar é construir pontes”, afirmou.
Ele ainda garantiu que o governo federal ajudará estados independentemente da filiação partidária de seus gestores. “Se o Estado tiver um governante que não gosta de mim, mas tiver uma necessidade do povo, pode ficar certo que ele vai receber ajuda do governo federal”, declarou.