A presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Costa, e a presidente da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Maria Dantas Nóbrega), foram denunciadas pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) à Justiça por suspeita de improbidade administrativa.
As gestoras são acusadas de envolvimento em um caso de nepotismo cruzado, relacionado a nomeações de filhas em cargos de confiança nas respectivas instituições.
Segundo a denúncia, Dilma Costa nomeou Márcia Nóbrega de Albuquerque, filha de Maria Dantas, como consultora do Iteraima em 6 de fevereiro deste ano. Dezesseis dias depois, Maria Dantas nomeou Karoline Pereira da Costa Kunzler, filha de Dilma, como chefe departamental da Codesaima. As duas ocupantes desses cargos recebem salários de R$ 7.681,84 e R$ 7.045,61, respectivamente.
O promotor Luiz Antônio Araújo de Souza, que conduz a investigação, afirma que o nepotismo cruzado foi comprovado pelo MPRR e solicita que a Justiça aceite a denúncia e intime as presidentes. Ele alega que as nomeações foram feitas de forma deliberada, com o objetivo de beneficiar mutuamente as gestoras.
O MPRR pede ainda a aplicação de multas que podem alcançar até 24 vezes o valor das remunerações das denunciadas, o que soma aproximadamente R$ 701 mil. Além disso, o órgão solicita a proibição de as presidentes contratarem com o Poder Público ou receberem benefícios fiscais por até quatro anos.