A deputada estadual Catarina Guerra manifestou-se nesta quarta-feira, 11, contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) que excluiu seu partido, o União Brasil, da disputa pela Prefeitura de Boa Vista. A Corte tomou essa medida devido ao impasse entre Catarina e o deputado federal Antônio Carlos Nicoletti sobre quem seria o candidato oficial do partido à Prefeitura da capital.
Em uma postagem no seu perfil do Instagram, Catarina publicou uma nota feita pela sua equipe, afirmando que ela manterá sua campanha ativa e buscará reverter a decisão da corte estadual.
“A Coordenação de Campanha da candidata a prefeita de Boa Vista Catarina Guerra informa que manterá sua dinâmica de campanha, com equipes nas ruas, pessoas visitando e ouvindo a população na caminhada rumo à vitória”, afirma a equipe da parlamentar em trecho da nota.
O texto menciona ainda que a equipe respeita a decisão do TRE-RR, mas que a candidata entrará com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a mudança da decisão e retorno à normalidade da campanha.
Confira a nota na íntegra:
Decisão do TRE-RR
A decisão do TRE-RR foi tomada por 4 votos a 3, excluindo o União Brasil da corrida pelo Executivo Municipal de Boa Vista no pleito deste ano, após uma disputa interna entre Catarina e Nicoletti. O parlamentar foi escolhido em convenção municipal, enquanto Catarina foi indicada pelo diretório nacional.
Ambos apresentaram pedidos de impugnação um contra o outro, alegando irregularidades no processo de escolha. O Tribunal baseou sua decisão em uma resolução do União Brasil, que previa a retirada do partido em caso de desobediência.
A desembargadora Tânia Vasconcelos, o juiz Cícero Renato Pereira Albuquerque e a juíza Joana Sarmento votaram pela exclusão do partido. O relator do caso, juiz Cláudio Belmino, junto com os juízes Victor de Queiroz e Marcus Gil, votaram contra a exclusão.
O voto de desempate coube à presidente do TRE-RR, desembargadora Elaine Cristina Bianchi, que decidiu pela saída do partido da disputa. Ela destacou ainda que o partido cometeu “suicídio eleitoral” ao incluir a cláusula de desobediência.