Acompanhado do prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, o secretário especial da Saúde Indígena do Ministério da Saúde (MS), Weibe Tapeba, visitou o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) na manhã desta sexta-feira, 10, e se surpreendeu com a estrutura da única unidade especializada em atendimento infantil do Estado de Roraima. Após percorrer a unidade, conversar com pacientes e profissionais, ele se comprometeu a dar mais atenção à unidade de saúde.
O hospital, que é referência em atendimento às crianças de todo estado e até de outros países, têm intensificado o atendimento aos indígenas e desempenhado papel fundamental durante a crise sanitária do povo Yanomami. O HCSA possui enfermaria para receber tanto indígenas da etnia Yanomami, como das demais etnias, respeitando a cultura e tradição, inclusive com leitos-rede para crianças e acompanhantes.
“É importante que ele conheça o trabalho que a gente faz aqui em Boa Vista, porque o nosso hospital é o único especializado em saúde infantil num raio de 800 quilômetros. Então, todo Estado é atendido pelo nosso hospital, inclusive os indígenas, sendo eles do município de Boa Vista ou qualquer outra região do Estado de Roraima. A demanda é grande aqui no nosso hospital”, comentou o prefeito Arthur Henrique.
Em um momento de conversa com o prefeito e a secretária de Saúde, Regiane Matos, o representante do Governo Federal parabenizou os gestores pela estrutura que encontrou e pelo cuidado dispensado aos pacientes e funcionários. “Realmente vocês estão de parabéns por toda essa estrutura”, disse.
O prefeito Arthur também destacou que o secretário ficou surpreso e enfatizou que a gestão trabalha para manter a unidade de saúde com patrão de excelência. “A estrutura do nosso hospital de fato ela é superior ao que a gente encontra de padrão nos hospitais do Brasil”, disse.
Além disso, Weibe Tapeba se comprometeu a dar suporte diante da crise dos Yanomami e conseguir mais recursos para a Saúde Indígena. “O secretário se comprometeu de fato a dar uma atenção devida que a gente merece. Conseguir mais recursos para a saúde indígena já é um primeiro passo e com certeza vai ser construído um plano de ação para que o Governo Federal possa auxiliar ainda mais a Prefeitura nesse atendimento porque o problema hoje não é só a saúde indígena”, disse.
Inclusivo – O HCSA também possui um intérprete para facilitar a comunicação entre os profissionais, pacientes e acompanhantes. Em respeito à cultura dos indígenas, a alimentação é diferenciada: conforme a preferência de cada etnia, a equipe nutricional adequa o cardápio do paciente, com alimentos como macaxeira, peixe com farinha e frutas regionais.
Da redação
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