A Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de busca e apreensão no Tocantins nesta terça-feira, 18, durante operação que apura suspeita de fraude em um contrato de cerca de R$ 11,6 milhões entre o Instituto Idesp, sediado em Palmas, e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, assinado em 2024. Segundo as investigações, o valor foi pago integralmente em pouco mais de 30 dias sem qualquer comprovante de prestação do serviço contratado.
A Operação Pagamento Imediato cumpriu 13 mandados em Palmas (TO), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Senador Canedo (GO), Brasília (DF) e São Paulo (SP). No Tocantins, três mandados foram executados com apoio da Polícia Civil local.
O contrato previa a criação de um software de atendimento na área da saúde, com pagamento previsto em 12 parcelas mensais somente após execução dos serviços, o que não ocorreu, conforme a apuração. A investigação apura indícios de crimes de associação criminosa, contratação direta ilegal e fraude em licitação.
O delegado Guilherme Rocha afirmou que já foram identificados elementos sobre o funcionamento do esquema. “Com o mapeamento do modus operandi e os indícios já levantados, a Decor fará um pente-fino nos contratos junto às entidades públicas tocantinenses”, disse.
Foram determinadas medidas cautelares como quebra de sigilos bancário e fiscal, suspensão de atividades econômicas e sequestro de bens e valores até o limite de R$ 12 milhões para eventual ressarcimento.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram encontrados veículos de luxo. O delegado Cleynio Januário declarou que os investigados “vivem uma vida bastante luxuosa”.
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