O Ministério Público Federal (MPF) instaurou uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Marcello Vitor Carvalho de Araújo, de 24 anos, filho de uma escrivã da Polícia Civil, ocorrida durante uma ação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira, 8, no bairro do Jurunas, em Belém (PA).
A operação, chamada Eclesiastes, cumpria mandados judiciais contra uma organização criminosa investigada por tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
O procedimento foi aberto no mesmo dia e, como parte das primeiras medidas, o MPF solicitou informações à Superintendência Regional da PF no Pará, ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com a PF, o jovem teria agredido um agente e tentado tomar sua arma durante a abordagem, momento em que ocorreram os disparos. A família contesta a versão. A tia de Marcello, Ana Carolina Carvalho, relatou que os policiais arrombaram a porta do apartamento onde o rapaz estava com a mãe — a escrivã da Polícia Civil — e o namorado dela, Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como Marcelo da Sucata.
A operação da PF
Deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Eclesiastes investiga uma rede criminosa que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em um esquema de ocultação de valores. Segundo as apurações, o grupo utilizava embarcações pesqueiras para transportar drogas e mantinha colaboradores em diversos estados do país.
Um empresário paraense já falecido era apontado como o principal responsável pela logística e movimentação financeira do grupo, que também é suspeito de financiar garimpos ilegais e de facilitar a entrada irregular de ouro no país, conectando crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e mineração clandestina.
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