Parlamentares de Belém denunciam supostas irregularidades na contratação e operação da empresa Auto Lance Pátio e Leilões, responsável pelo serviço de guincho da Prefeitura Municipal. Entre as acusações estão a contratação sem licitação, prestação de serviço deficiente, práticas abusivas em blitzes e possível favorecimento a parentes de membros do governo municipal. Um dos sócios da empresa seria Clideon Chaves, irmão de Cleidson Chaves — chefe de gabinete do prefeito Igor Normando. .
Na esfera federal, o deputado Éder Mauro (PL/PA) anunciou que vai solicitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para investigar o caso. O parlamentar qualificou o caso como um “escândalo vergonhoso”.
Além do deputado, as partiram também da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Na Câmara, a vereadora Ágatha Barra (PL) protocolou, em junho, pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com cinco das sete assinaturas necessárias até agora. “O que está acontecendo em Belém é grave: um contrato sem licitação com empresa ligada a familiares de secretário, operando blitz que mais parecem armadilhas contra o povo”, declarou Ágatha.

Também se pronunciou a vereadora Marinor Brito (PSOL), afirmando:
“Eu espero que os vereadores assinem a CPI dos guinchos — há indícios de irregularidades ligados ao primeiro escalão do governo e grave violência dos seus condutores. A Câmara tem o dever de fiscalizar.”

No campo federal e estadual, o deputado estadual Rogério Barra (PL) denunciou o que chama de “máfia do reboque instalada dentro da própria prefeitura”, informando que já acionou a Justiça para suspender as blitzes e pretende formalizar denúncia ao Ministério Público.

O Fato procurou a Prefeitura Municipal de Belém para esclarecer as denúncias sobre a contratação da empresa Auto Lance Pátio e Leilões e as acusações de abusos no serviço de guincho. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno da gestão municipal. O espaço segue aberto para manifestação.