Durante o programa “Bom Dia, Ministro”, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nesta quarta-feira, 4, o Ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou ações emergenciais para mitigar os efeitos da seca severa que afeta mais de 30 municípios no estado do Pará. Eele também destacou investimentos para preparar Belém para sediar a COP 30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em 2025.
De acordo com o ministro, as iniciativas emergenciais incluem a antecipação de benefícios sociais, como o Bolsa Família e o auxílio defeso para pescadores, além da destinação de recursos para compra de cestas básicas e água potável. “Já destinamos um total de R$ 1 bilhão para atender municípios do Pará, Amapá, Amazonas e outras regiões afetadas pela seca extrema”, afirmou Jader Filho.
O ministro mencionou que comunidades atingidas enfrentam condições críticas, com moradores percorrendo grandes distâncias para acessar água. “Tem regiões na Amazônia onde as pessoas estão andando 5 a 10 quilômetros para pegar um galão de água”, destacou.
Além das ações emergenciais, Jader Filho apontou o impacto da estiagem severa na qualidade do ar em municípios como Santarém, que recentemente registrou altos índices de fumaça decorrentes de queimadas. Ele afirmou que o governo federal, em parceria com IBAMA, ICMBio e Força Nacional, está combatendo incêndios e investigando responsáveis pelas queimadas.
COP 30
Paralelamente às medidas emergenciais, o ministro detalhou investimentos estruturantes em Belém, cidade que será sede da COP 30. As obras incluem a construção de duas Estações de Tratamento de Esgoto, uma no Ver-o-Peso, ao custo de R$ 16 milhões, e outra no bairro Una, com investimento total de R$ 120 milhões. “Essas obras garantirão saneamento básico para toda a região central de Belém”, declarou.
Jader também destacou a importância da COP 30 para o estado e para a Amazônia. “A conferência será uma oportunidade para que líderes mundiais conheçam os desafios das cidades amazônicas e compreendam a realidade da região”, afirmou. Segundo ele, a maioria dos habitantes da Amazônia vive em áreas urbanas e necessita de infraestrutura adequada.
As ações, segundo o ministro, estão alinhadas ao compromisso do governo federal em fortalecer a resiliência climática nas cidades brasileiras. Ele reforçou que o legado da COP 30 não será apenas ambiental, mas também socioeconômico, gerando empregos e renda para a população local.
Confira a entrevista: