Com mais de 45 anos de história, o Horto Municipal de Boa Vista desempenha um papel essencial na preservação ambiental e na melhoria da qualidade de vida da população. Localizado no Parque Anauá, ele não só distribui mudas de árvores ornamentais, frutíferas e nativas, mas também promove a conscientização sobre a importância da arborização urbana e do reflorestamento. Nos últimos 4 anos, o horto doou 112.280 mudas para a população.
“Ele influencia na arborização da cidade, paisagismo e conscientização de reflorestamento de áreas degradadas. A simples ação de doar e cultivar mudas de plantas é uma atitude que pode ser incorporada ao nosso dia a dia, proporcionando uma cidade mais verde”, disse a diretora do Horto Municipal, Daynara Araújo.
A cada árvore plantada, a cidade ganha um novo aliado na luta contra a poluição do ar e no combate ao aquecimento global. A arborização de áreas urbanas tem um efeito direto na melhoria do microclima, trazendo mais frescor e qualidade de vida para os moradores de Boa Vista. Contando com cerca de 15 espécies diferentes, são disponibilizadas no horto:
- Frutíferas: acerola, goiaba, jenipapo, açaí e caju
- Ornamentais: alternata, mini flamboyant, mini alamanda, palmeira fênix, palmeira-leque, palmeira azul e pingo de ouro
- Nativas: ipê-rosa, ipê-amarelo, nim e jenipapeiro
Ana Gabriela, 32 anos, já conhecia o Horto Municipal, mas foi a primeira vez que buscou mudas para sua nova casa. Ela reforça a importância do contato com a natureza para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar.
“Foi minha companheira que me incentivou a me aproximar mais do cultivo de plantas, algo que antes eu não tinha. O horto tem sido essencial para isso, não só pelas doações, mas também pelo apoio dos técnicos que sempre oferecem orientações. É um espaço muito terapêutico, e ter essas plantinhas no nosso lar faz uma diferença enorme”, contou.
Além disso, também conta com o apoio de dois projetos da Secretaria Municipal de Gestão Social (SEMGES), que reforçam seu trabalho. Um deles é o programa Dedo Verde, que capacita jovens entre 14 e 17 anos para atuarem como agentes ambientais e participam de oficinas sobre produção de mudas frutíferas, medicinais, ornamentais, paisagismo, jardins, hortas urbanas e compostagem.
Outro projeto é o Crescer, que oferece treinamento teórico e prático sobre sustentabilidade e meio ambiente para jovens de 15 a 21 anos, que produzem e comercializam compostos naturais e mudas de plantas. Estefanny Karolline, 17 anos, participa há sete meses. Ela ressaltou que a oficina Compostagem e Educação Ambiental a ajudou a entender melhor a sustentabilidade e a educação ambiental.
“Eu escolhi participar da oficina por ser a área que quero seguir futuramente. Amo ter esse contato com a natureza e é bem legal aprender mais sobre o assunto”, falou.