O ex-deputado federal e pré-candidato ao Senado, Marcelo Ramos, criticou a propaganda institucional do governo do Amazonas sobre a situação da saúde pública no estado. Segundo ele, a percepção da população aponta a área como um dos principais problemas enfrentados atualmente, em contraste com o discurso oficial divulgado na televisão.
De acordo com Ramos, dados do Sistema de Informações do SUS indicam que o Amazonas lidera o ranking nacional de maior tempo de espera por consultas médicas entre as 27 unidades da federação. Ele afirmou ainda que, nos últimos sete anos de gestão do governador Wilson Lima, o Estado já teria investido cerca de R$ 30 bilhões em saúde.
Na avaliação de Ramos, mesmo com contratos de alto valor, problemas básicos persistem na rede pública. “É um estado que está fazendo contratos bilionários e que ultrapassam o fim do mandato dele para terceirizar a gestão de hospitais. Mas que deixa faltar medicamento”, criticou.
O ex-deputado também criticou contratos considerados por ele como bilionários para a terceirização da gestão hospitalar, alguns com prazo que ultrapassa o fim do atual mandato. Segundo Ramos, mesmo com esses contratos, há relatos frequentes de falta de medicamentos na rede pública.
Outro ponto levantado foi a ausência de integração entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus. Ele também criticou a falta de diálogo entre o governo estadual e a Prefeitura de Manaus
“Por disputas eleitorais e pequenez política, não dialoga com a Prefeitura de Manaus para que haja mais qualidade na atenção básica e isso diminua a pressão da média e alta complexidade”, disse.
Ele destacou o impacto direto desse problema na vida dos pacientes. “Se a atenção básica funcionar, o doente crônico não agudiza, o hipertenso não infarta, o diabético não vira renal crônico. Menos sofrimento para as pessoas, menos gasto para o Estado e menos pressão nos hospitais de média e alta complexidade”, disse.
Entre as propostas apresentadas, ele citou a descentralização dos serviços de média e alta complexidade para cidades-polo do interior, a criação de uma carreira estadual para profissionais da saúde e a melhora na integração entre estado e município.
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